A coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, Antonia Melo, recebeu na segunda-feira,09, no Rio de Janeiro, o prêmio João Canuto de Direitos Humanos, outorgado pelo Movimento Humanos Direitos (MHuD) por sua luta histórica contra a hidrelétrica de Belo Monte. Junto com Melo, outros dez defensores dos direitos humanos também foram premiados. O frei Henry de Rosiers, da prelazia de Xinguara, e o juiz do trabalho Jonatas Andrades, também foram agraciados com o prêmio João Canuto.
Organização sediada no Rio de Janeiros,
criada e composta por atores como Dira Paes, Leticia Sabatella, Camila Pitanga,
Wagner Moura, jornalistas e intelectuais, o MHuD tem premiado desde 2004
personalidades e lideranças que se destacaram na luta contra todos os tipos de
violação dos direitos humanos. Comemorando 10 anos de existência do movimento
este ano, a cerimônia da premiação João Canuto contou com participações
especiais, como a cantora Elba Ramalho.
O juiz
Jônatas dos Santos Andrade, que é juiz federal do trabalho há 12
anos, destacou-se por sua coragem em punir duramente pessoas e empresas
acusadas de escravocratas, condenando uma empresa a pagar R$ 6.600.000,00 por
danos morais; determinando o leilão do gado de um fazendeiro acusado de crimes
contra os trabalhadores de Rondon do Pará. Por sua atuação firme, foi ameaçado
de morte.
Coube à
Jônatas Andrade participação na criação do GAETE – Grupo Interinstitucional de
Erradicação do Trabalho Escravo – que mantem com recursos provenientes de
condenações pela incursão no crime da escravização de pessoas. Este ano o juiz
recebeu da Presidente Dilma Rousseff o Prêmio Direitos Humanos 2012, na
Categoria Erradicação do Trabalho Escravo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário