“O índice
de analfabetismo no Pará é muito elevado se a gente considerar que ele é a
prova de que aquela pessoa não teve nenhum grau de acesso a escola. Nós não
estamos falando se a escola é boa ou se a escola não é boa, nós estamos falando
de uma população eu sequer tem acesso a poder estar dentro da escola”, explica
a pesquisadora Flavia Marçal.
Silvia
Leão tem dois filhos na rede pública de ensino. Marcos e Francisco reclamam de
problemas na estrutura física e falta de merenda escolar na escola estadual
Doutor Freitas, no bairro do Umarizal.
“A
gestora conseguiu mandar duas merendeiras para a escola. A da manhã funciona
muito bem, mas a da tarde não sabia fazer merenda, não sabia cozinhar, então
ela foi devolvida e até agora não retornou ninguém para fazer a merenda”,
afirma Silvia.
As
dificuldades e deficiências da educação pública e particular no Pará foram
expostas e debatidas na Assembleia Legislativa do Estado, onde foi lançado um
dossiê sobre o assunto. O levantamento foi feito por doze pesquisadores durante
dois anos a pedido da Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos no Pará.
A
Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que desenvolve um conjunto de
ações para melhorar os índices da educação pública no estado. O principal é o
Pacto pela Educação, que pretende aumentar o índice da educação básica em 30%
no período de cinco anos.
O governo
do Estado deve assinar ainda em dezembro um projeto com o Banco Interamericano
de desenvolvimento para investir mais de $ 200 milhões na educação pública do
Pará.
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