Órgãos e
entidades se reuniram para tentar conter crescimento avassalador de usuários da
droga na cidade.
Aconteceu esta semana, na
Secretaria de Assistência Social da Prefeitura de Marabá a segunda reunião do
Grupo de Combate ao Crack no município, reunindo órgãos de segurança, Juizado
da Infância e Juventude, Conselho Tutelar, Conselho Municipal da Criança e do
Adolescente e secretarias municipais diretamente envolvidas no processo (Seasp,
Saúde e Educação). A reunião foi para dar sequência à discussão, pontuando e
debatendo os pré-requisitos para a formação do Conselho Gestor de Enfrentamento
ao Crack.
Segundo a secretária de
Assistência Social, Bia Cardoso Rosa Salame, o que mobilizou a sociedade e as autoridades
para criar o Grupo de Combate ao Crack foi o crescimento avassalador de
usuários da droga na cidade, segundo dados dos órgãos de segurança. A primeira
reunião serviu para mapear as áreas onde se concentra os usuários. O mapeamento
mostrou que existem hoje 47 moradores de ruas que são dependentes da droga e
que precisam de tratamento, mas o município ainda não dispõe de local. “É uma
situação complicada, por isso precisamos nos inscrever no programa do Governo
Federal de combate a droga”, ressalta Bia.
A Assistente Social explica
que o pré-requisito para se inscrever no programa é formar o Conselho Gestor de
Enfrentamento ao Crack. No entanto, para que o processo possa avançar, é
preciso que o Estado também esteja inscrito no programa. “Infelizmente, até
agora, essa sinalização não foi feita”, lamenta a secretária, pontuando que,
independente disso, está sendo feita a articulação da rede para cumprir as
condicionantes e depois pressionar para que o Estado faça a sua parte.
Ainda segundo Bia, o município
tem um prazo até o final do mês de março para se inscrever no projeto. “Na
próxima semana haverá uma reunião em Belém, quando iremos conversar com as
autoridades, para saber em que nível está a negociação para incluir o Pará no
programa, já que o Estado é uma rota de tráfico de drogas, mapeada pelas
autoridades de segurança”.
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