EXCELÊNCIA EM QUALIDADE

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sábado, 30 de março de 2013

MIKE DO MOSQUEIRO, QUE FICOU CONHECIDO NO DOMINGÃO DO FAUSTÃO, MORRE ATROPELADO



 . Mike do Mosqueiro Belém Pará (Foto: Reprodução/TV Liberal)

O cantor "Mike do Mosqueiro", celebridade instantânea que ganhou sucesso com o hit da web "Tchanana nanana", morreu atropelado na madrugada desta sexta-feira (29), no distrito de Mosqueiro, região metropolitana de Belém. Segundo informações da Polícia Militar (PM), o atropelamento aconteceu na rua 16 de Novembro, na localidade próxima à praia do Chapéu Virado.
De acordo com o major Vallinoto, da PM, Mike caminhava pela pista "cambaleando", por estar sob efeito de álcool. Segundo o policial, o motorista de uma kombi que passava pelo local não o viu e acabou atropelando Mike.
Segundo as informações do major da PM, Mike morreu na hora. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiu à batida. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML), em Belém, e liberado no final desta manhã.
A Agência Distrital de Mosqueiro se responsabilizou pelo velório e enterro de Mike, marcados para o final da tarde deste sábado, 30. O enterro será às 17h, no Cemitério São José, no bairro de Maracajá.
Mike do Mosqueiro
Com mais de 10 milhões de visualizações na web, o vídeo "Tchanana nanana" deixou Mike conhecido no seu estado e no Brasil. Em março de 2010, ele participou do quadro "Se Vira Nos 30" do programa do Faustão e ganhou a plateia com sua simpatia.
Mesmo após ganhar uma quantia em dinheiro com o sucesso, segundo informações da polícia, Mike tinha envolvimento com álcool e drogas e acabou gastando todo o seu dinheiro. De acordo com a polícia em Mosqueiro, ultimamente, ele vivia vagando pelas ruas, sem fixar residência.

sexta-feira, 29 de março de 2013

AGRICULTOR É EXECUTADO NO ASSENTAMENTO ONDE ATUAVA A MISSIONÁRIA DOROTY STANG


A Polícia Civil do Pará ainda não tem pistas que possam levar a identificação dos pistoleiros que executaram a queima-roupa, na tarde de quarta-feira, 27, o lavrador Enival Soares Matias. O crime ocorreu em uma estrada vicinal que dá acesso ao assentamento PDS Esperança, localizado a 60km do município de Anapú, no sudoeste do estado, área de atuação da missionária norte-americana Doroty Stang, assassinada em fevereiro de 2005. Enival trafegava em uma motocicleta, quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta, sendo que o carona sacou uma arma e efetuou quatro disparos contra a cabeça de Enival Soares, que teve morte instantânea.

Uma garota que viajava na garupa da motocicleta da vítima, fingiu um desmaio na hora do crime, sendo que os pistoleiros foram embora logo após cometer o homicídio. A testemunha, que tem apenas 12 anos, está sob custódia do Conselho Tutelar de Anapú e será ouvida pela polícia na manhã deste sábado, 30.  A Polícia Civil diz não acreditar que o crime tem ligações com questões agrárias. No entanto, Enival Soares já havia recebido ameaças de morte e era ligado a Comissão Pastoral da Terra, sendo autor de várias denúncias de grilagens de terra no PDS Esperança, onde estava assentado há mais de seis anos.  

Segundo o delegado Melquiesedeque Ribeiro, a vítima já havia sido alvo de violência na região. "A casa dele foi queimada aproximadamente um ano atrás, e ele também foi vítima de uma tentativa de assalto", disse o delegado. Em nota divulgada ontem, a Comissão Pastoral da Terra em Anapu divulgou uma nota confirmando que a casa do agricultor foi incendiada no dia 01 de abril de 2011. Segundo a CPT, a casa da vítima foi incendiada porque a mesma, a época, participou de um manifesto contra a exploração ilegal de madeira no PDS.

Velório de gato chama atenção de moradores do interior de Minas Gerais

Gato Cristiano foi velado na casa da dona em São João do Manteninha.


Enterro em cemitério da cidade não foi permitido pela polícia.

Velório do gato Cristiano movimentou a pequena cidade de São João do Manteninha, no Leste de Minas Gerais (Foto: Patrícia Aparecida Coutinho / VC no G1)
 
Um velório inusitado chamou a atenção dos moradores de São João do Manteninha, no Leste de Minas Gerais. Uma moradora da cidade resolveu velar o gato da filha.
No velório do gato Cristiano, realizado na noite dessa terça-feira (26), uma fila foi formada. A mãe da dona do gato ofereceu até um lanche para as 200 pessoas que foram dar adeus ao bichano.(G1).

PROJETO MUNICÍPIOS VERDES COMPLETA 05 ANOS EM PARAGOMINAS


Após dois anos de implantação do programa, o Pará deixou a primeira colocação e hoje ocupa a 3° posição, ficando atrás do Mato Grosso e Amazonas.

 
Há cinco anos nascia em Paragominas um projeto audacioso, que mudaria a realidade do município. Em 23 de março de 2008, a Prefeitura local criava o Projeto “Paragominas Município Verde” que, entre outras coisas, tinha como meta retirar a cidade da lista dos municípios que mais desmatavam a Amazônia e combater o desmatamento ilegal na região. Naquele ano, o Pará estava em primeiro lugar no Ranking do desmatamento. Após dois anos de implantação do programa, o Pará deixou a primeira colocação e hoje ocupa a 3° posição, ficando atrás do Mato Grosso e Amazonas.

Essa meta não só foi alcançada como evolui em outros objetivos e hoje, o município comemora bons resultados ambientais e econômicos.

Para o prefeito de Paragominas, Paulo Tocantins, os cinco anos do projeto mostram o comprometimento do governo local e da sociedade principalmente, com a preservação do meio ambiente e da produção sustentável. “O projeto ‘Paragominas Município Verde’ não foi uma determinação da administração, mas uma necessidade do município e um comprometimento social, tanto que ele continua e colhendo bons frutos. Mais de 90 municípios em todo o estado seguem o modelo desenvolvido aqui e, temos certeza, que vamos avançar ainda mais e contribuir para que o Estado se torne cada vez mais responsável ambientalmente”, afirma Tocantins.
Há dois anos, no dia 23 de março de 2011, o governo do estado lançou o Programa Estadual Municípios Verdes (PMV), embasado no modelo de Paragominas. Em dois anos, o Pará atingiu a marca de 1699 km² de desmatamento, segundo dados oficiais do Ministério do Meio Ambiente, antecipando a meta de redução do desmatamento prevista no Programa Municípios Verdes para 2017, que planejava rebaixar o volume anual desmatado na faixa dos 1700 km², o que já foi alcançado em 2012.

Outro dado é o crescimento da área de plantio. Antes do projeto, os produtores, tampouco o município, conheciam a aptidão das áreas, quais serviam para a agricultura ou para a pecuária ou para o reflorestamento, por exemplo. Com esses dados em mãos, os produtores passaram a conhecer mais suas áreas. O resultado disso: o crescimento das áreas agricultáveis. Em 2008, por exemplo, na safra 2008/2009, foram plantados 35 mil hectares de grãos – soja, milho e arroz. Na safra de 2011/2012, esse número aumentou para 61 mil hectares e para esta safra, 2012/2013, a expectativa da Secretaria Municipal de Agricultura é que essa área ultrapasse os 75 mil hectares.

O pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Adalberto Veríssimo, aponta que o desmatamento continuará caindo nos próximos anos e aposta que a grande iniciativa que responderá por esse declínio da devastação é o Programa Municípios Verdes. “Em 2016, o desmatamento no Pará deve estar abaixo de 1.200 km². E, para 2020, esperamos não só chegar ao desmatamento ilegal zero, como fazer com que todo o desmatamento legal, a partir desse ponto, seja compensado com o reflorestamento”, acredita Veríssimo.

Até agora, os resultados são promissores: o desmatamento no Pará chegou a 1.700 quilômetros quadrados em 2012, o menor da história. Além disso, o registro de propriedade rural (definição de limites de propriedade) disparou de menos de 600 propriedades em 2009 para mais de 64.000 em 2012. Agora, quase 40% das propriedades rurais do Pará podem ser facilmente monitorados com imagens de satélite.


Antes da implantação do Projeto “Paragominas Município Verde”, o Ministério do Meio Ambiente criou a famigerada lista que apresentava 36 municípios que se caracterizavam por altas taxas de desmatamento baseadas por medição por satélite e pela a falta do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é um registro de georeferenciamento, que mede a topografia do terreno e identifica Áreas de Proteção Ambiental (APP) e áreas de Reserva Legal (RL). Paragominas ocupava a 23° posição desta lista.

SECRETÁRIOS DE GOVERNO DISCUTEM IMPLANTAÇÃO DE RAMAL FERROVIÁRIO EM PARAUAPEBAS

Relatório final irá definir a implantação da rodovia no município.

Secretários de governo se reuniram esta semana para tratar da implantação de um Ramal Ferroviário em Parauapebas. A iniciativa faz parte de um projeto da mineradora Vale.  A reunião, realizada na tarde nesta quarta-feira, 27, ocorreu no gabinete do Secretário de Planejamento, Célio Costa. Além de Célio Costa, participaram do encontro o titular da Secretaria de Desenvolvimento (Seden), Heleno Costa, o adjunto da pasta, Eli Ramos, o secretário adjunto da Secretaria de Meio Ambiente (Semma), Zoênio Silva e técnicos do setor de licenciamento da Semma. “Entendemos a importância econômica do Ramal Ferroviário para esta região. Sua implantação vai gerar divisas para o País, renda, receitas e empregos para o Pará, assim como vai contribuir para a redução de custos. Porém, não podemos negligenciar os impactos sociais e urbanísticos que esse empreendimento vai gerar”, afirmou o secretário de planejamento.

Durante a reunião ficou acertada a elaboração de um relatório que irá subsidiar a decisão do prefeito da cidade, Walmir Mariano, quanto à implantação do Ramal.  Quanto ao envolvimento dos gestores de secretarias estratégicas do governo para essa questão, Heleno Costa reforçou a importância da contribuição que cada um poderá fornecer ao processo.

Todos os representantes das secretarias presentes na reunião estarão de volta em uma nova reunião no dia 04 de abril para finalizar o relatório.

MINERADORA LANÇA LIVRO DE MEMÓRIAS EM HOMENAGEM AO CENTENÁRIO DE MARABÁ


A obra é um resgate à memória coletiva da cidade, contada a partir dos relatos de familiares dos seus primeiros habitantes.

A mineradora Vale lançará esta semana o livro “Marabá, ontem e hoje”, uma homenagem ao município pelo seu centenário. A obra é um resgate à memória coletiva da cidade, contada a partir dos relatos de familiares dos seus primeiros habitantes. O evento de lançamento será realizado na quinta-feira, 4 de abril, às 19 horas, na sede da Fundação da Casa da Cultura (FCCM), com parceira da Vale na iniciativa.

As memórias relatadas pelos entrevistados foram divididas em duas fases cronológicas e recheadas de fotos dos tempos idos de Marabá. De 1910 a 1950, conta a história de Marabá da primeira metade do século XX, envolvendo a formação da cidade, a atividade garimpeira, a economia da castanha e o comércio, a usina de força e luz, os arraiais, os cordões, as lendas e os “causos” de assombração, entre outros.  De 1960 em diante, o livro narra o fim do ciclo da castanha, a chegada da pecuária, a Guerrilha do Araguaia, Serra Pelada e os garimpos de diamante, a grande enchente de 1980, a energia firme e a expansão da cidade para outros núcleos.

A tiragem do “Marabá, ontem e hoje” é de 3 mil exemplares. Os livros serão doados a instituições municipais e estaduais, bibliotecas públicas e escolares para que possam ser consultado pela população em geral.

MARABÁ PRORROGA ESTADO DE EMERGÊNCIA NA SAÚDE


Prefeito já havia baixado decreto em fevereiro, por conta da grave situação em que se encontra o sistema de saúde do município.

O prefeito de Marabá, João Salame Neto, prorrogou no último dia 21, por mais 30 dias o estado de emergência na saúde pública municipal. O gestor já havia baixado decreto em fevereiro, por conta da grave situação em que se encontra o sistema de saúde do município. Segundo a prefeitura, o prazo de 30 dias não seria suficiente para amenizar a situação nos hospitais e postos de saúde do município. Ao assinar o novo decreto, que inclusive retroage a data de 13 de janeiro deste ano, o prefeito justificou, principalmente, a “essencialidade do serviço público de saúde e a necessidade imperiosa de manutenção dos atendimentos na Rede Municipal de Assistência à Saúde”.

De acordo com o primeiro decreto assinado por João Salame, a falta de medicamentos e insumos para o atendimento da população nos prontos socorros e postos de saúde da rede pública do município causa "iminente e gravíssimo risco para a preservação da vida humana". A deficiência das ações e serviços de saúde no Município de Marabá, a situação dramática a que se chegou, com o desabastecimento absoluto de medicamentos e insumos na rede, e o notório prejuízo no atendimento nas unidades do serviço de saúde, provocaram a situação de emergência decretada pela municipalidade.

Com o decreto de Marabá, já chega a 20 o número de municípios que decretaram situação de emergência no Pará, este ano. A prorrogação do Estado de Emergência na saúde pública de Marabá possibilita a dispensa de licitações para celebrar contratos de prestação de serviço e de compra de materiais necessários à reabilitação da rede municipal de saúde. 

O gestor tomou a medida depois de receber o diagnóstico apresentado pelo secretário municipal de Saúde quanto a situação da rede municipal de saúde, que se encontra com sua capacidade de resposta esgotada, sem medicamentos nos prontos socorros e postos.  De acordo com a prefeitura de Marabá, a municipalidade está providenciando a elaboração de um plano de reestruturação da saúde pública no município.

PLANTÃO:

SINE OFERECE 1200 VAGAS EM BELO MONTE

O Sistema Nacional de Emprego (Sine) está oferecendo 1200 vagas de emprego para a usina de Belo Monte, localizada na cidade de Altamira- Pará. As vagas são carpinteiro, ajudante, mecânico de equipamentos pesados, montador de andaime, motorista, pedreiro, sinaleiro, soldador entre outros. Serão contratadas pessoas sem experiência (ajudante) e com experiência. Interessados devem procurar o Sine, localizado na Rua 11, s/nº, entre as ruas E D, Bairro Cidade Nova, ao lado da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), nos dias 27 e 28 de março das 8 às 18 horas, levando todos os documentos pessoais.

HEMOPA PARABENIZA MARABÁ

O Hemocentro Regional de Marabá participará da programação comemorativa pelo centenário da cidade, cujo aniversário será dia 5 de abril. A data terá o mês inteiro de festejos, com a realização de campanha de estímulo à doação de sangue naquele município que, atualmente, destaca-se no cenário da hemoterapia do Brasil, com 39% de doação feminina, ultrapassando a meta brasileira de 30%, que muitos hemocentros ainda não atingiram. Para compartilhar o aniversário com a população de Marabá, o gerente do hemocentro local, Dr. Fernando Monteiro, e sua equipe de captação de doadores, lançou concurso para a escolha da melhor frase para tema da campanha de doção de sangue. O vencedor ganhará um aparelho de celular, doado pela empresa “Dacar Veículos” e ainda terá acesso à dupla sertaneja “César Menotti e Fabiano”, que estará se apresentando em show no dia do aniversário da cidade.

BREU BRANCO GANHA SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
O presidente da Cosanpa, Antonio Braga, recebeu esta semana o prefeito do município de Breu Branco, Adimilson Luis Mezzomo (PSDB) para tratar sobre a obra de saneamento que está sendo realizada no município pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Integração Regional Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Seidurb), para modificação no sistema de captação de água, que hoje é feito em um lago e que devido à ocupação urbana desordenada está poluído por acúmulo de lixo e resíduos sanitários, onerando os custos com o tratamento de água. Com a nova obra, a captação de água no município passará a ser feita do Rio Tocantins, garantindo melhor qualidade para a população. A Cosanpa dará apoio ao município para a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, nos segmentos de água e esgoto.

IBAMA EMBARGA TRÊS MADEIREIRAS E TRÊS CARVOARIAS EM TAILÂNDIA


Agentes ambientais identificaram 46 mil m³ de resíduos de serraria fictícios ativos nas contas das empresas no Sisflora. 

O Ibama embargou três madeireiras e três carvoarias envolvidas em esquemas de legalização fraudulenta de carvão vegetal, entre 18 e 22 de março, em Tailândia, no sudeste do Pará. Na operação, os agentes ambientais identificaram 46 mil m³ de resíduos de serraria fictícios ativos nas contas das empresas no Sisflora – o sistema eletrônico que controla a compra, venda e transporte de produtos florestais no estado –, que foram bloqueados. 

Se não fossem flagrados pela fiscalização, eles seriam utilizados para esquentar cerca de 2,7 mil caminhões de carvão ilegal e gerariam mais de mil hectares de novos desmatamentos. As multas aplicadas aos empreendimentos e seus responsáveis somaram R$ 15 milhões. “Os pátios das serrarias estavam quase vazios de resíduos (que são as sobras do beneficiamento da madeira em tora) quando deveriam estar abarrotados, se fossem reais os saldos no Sisflora. Na verdade, eles só existiam no sistema eletrônico e seriam usados para emitir Guias Florestais para colocar no mercado o carvão irregular produzido nos assentamentos agrários e pequenos desmates da região”, explica o coordenador da operação, o analista ambiental Fernando Polli.

O Ibama ainda apreendeu 1,5 mil m³ de madeira ilegal nos estoques das empresas (60 caminhões cheios). Entre as árvores, havia aproximadamente 120 m³ de toras de castanheiras-do-pará, espécie ameaçada de extinção e protegida por lei contra o corte e a exploração da madeira. Nas auditorias no Sisflora, que antecederam a fiscalização, o Ibama verificou que o destino do carvão das empresas do esquema era sempre abastecer uma das siderúrgicas de Marabá.

CRIANÇA MORRE NO HOSPITAL MUNICIPAL DE MARABÁ


Família alegou que paciente recebeu medicação errada. Direção do HMU nega versão.

Uma menina de apenas 4 anos de idade morreu, na noite de terça-feira, 26, no Hospital Municipal de Marabá. O secretário municipal de Saúde, Nagib Mutran Neto, e o diretor técnico do Hospital Municipal de Marabá (HMM), Alex Freitas, deram entrevista coletiva à imprensa na tarde de ontem na sala de reuniões da Secretaria Municipal de Saúde, para falar sobre o caso. Segundo Alex, que é médico infectologista, a criança, Emilly Vitória Medeiros Oliveira, de 4 anos, tinha varicela (catapora), mas desenvolveu outra enfermidade, que a levou a óbito. Ele explicou que a criança foi atendida na segunda-feira, por volta de 12h30, e foi diagnosticado com catapora já em fase de cura. 

A menina foi medicada e liberada para que continuasse o tratamento em casa, como é normal nesse tipo de enfermidade, mas sob a orientação de que, caso apresentasse alguma alteração de seu quadro clínico, retornasse ao hospital. No dia seguinte, no final da tarde, a família trouxe a criança novamente e, desta vez, apresentando já o quadro de septicemia (infecção generalizada), vindo a óbito pouco tempo depois. Segundo o especialista, não há como detalhar o que causou esse quadro infeccioso, mas ele ressalta que a própria ferida na pele, causada pela catapora, pode ter servido de porta entrada para alguma bactéria.

A septicemia pode conduzir rapidamente a um choque séptico e à morte.  A septicemia associada a alguns organismos, como os meningococos, pode levar a choque, insuficiência adrenal e coagulopatia intravascular disseminada, uma condição denominada síndrome de Waterhouse-Friderichsen. Segundo o diretor do HMM, os médicos que atenderam a menina deram todo o atendimento necessário à mesma. No entanto, diante do quadro, extremamente grave, ela veio a óbito.

Alex também garantiu que o hospital não reteve a receita da paciente, como chegou a denunciar os familiares e disse que o prontuário de atendimento está lá para quem quiser consultar. “Não temos nada a esconder”, ressaltou.  Ele também disse que, ao contrário do que a família suspeita, está praticamente descartada a hipótese da criança ter recebido medicação errada. “O próprio laudo prévio do IML, de septicemia, derruba essa hipótese”, acrescentou Alex, frisando também que se o quadro da criança na primeira vez que foi atendida indicasse internação, mesmo estando com catapora, seria internada em uma área isolada.

O diretor declarou que resolveu convocar a imprensa porque a família teria dito que o médico não quis internar a menina, alegando que a doença poderia contaminar outras crianças da ala pediátrica do hospital. “Não existe isso. Se fosse necessário, ela teria sido internada”. O secretário de Saúde lamentou o ocorrido e disse que, assim que foi informado, mandou apurar, para ver o que de fato tinha acontecido. “Pelo que fui informado, o quadro infeccioso foi severo, não tendo como salvar a criança. Como médico, sei que a infecção quando generaliza, é difícil salvar o paciente, porque acontece logo a falência dos órgãos”.

Ainda segundo o secretário, apesar de ainda apresentar inúmeras deficiências, o atendimento no HMM já melhorou muito. Ele falou das medidas já adotadas e que estão sendo tomadas para equacionar os problemas, cônicos do hospital, pela falta de investimentos das gestões passadas. Entre as medidas, estão as reformas dos centros cirúrgicos e da cozinha, já em andamento; e abrir licitação para a compra de equipamentos, como raio x e aparelhos cardiológicos.

Outra medida, a partir de abril, será fazer a regulação do atendimento no hospital. Inclusive será montada uma central de regulação na sede da Secretaria de Saúde, que vai funcionar 24 horas. “Aos poucos vamos melhorando. Claro que não podemos em três meses de governo resolver problemas que se arrastam há década, mas vamos trabalhar para que o nosso serviço fique, pelo menos, de regular a bom”.

O secretário adiantou que pretende fortalecer a rede básica, com a implantação de equipes de saúde da família. “Existe um recurso da Vale, como parte das compensações pela Alpa, e vamos solicitar que seja para reforma dos postos de saúde. Não queremos nem gerenciar esse recurso, queremos que ela faça a reforma e nos entregue os prédios”, ressaltou Nagib.