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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

REUNIÃO IRÁ DEFINIR DESAPROPRIAÇÃO DE FAZENDA




Pauta atende aos pleitos de representantes da Associação dos Produtores rurais sem-terras ligados à Fetagri.

A Ouvidoria Agrária Nacional realiza na manhã de hoje em Brasília, a 417ª reunião da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, que deverá definir, entre outros temas, um impasse que já perdura há vários anos na disputa pela propriedade denominada fazenda Cristalino, situada na zona rural do município de Santana do Araguaia, no sul do Pará.  O Ouvidor Agrário do Tribunal de Justiça do Pará, desembargador Otávio Marcelino Maciel participará da reunião que acontece às 10 horas, no gabinete do presidente do Incra, Carlos Mário Guedes de Guedes, no edifício Palácio do Desenvolvimento, prédio sede do Incra.

A sessão será presidida pelo Ouvidor Agrário Nacional e Presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, des. Gercino José da Silva Filho e a pauta atende aos pleitos de representantes da Associação dos Produtores rurais sem-terras ligados à Fetagri, ao STR de Santana do Araguaia e Associação dos Pequenos e Médios Produtores Rurais dos Retiros de 01 a 15, conforme encaminhamento registrado no item 29 da ata da 408ª reunião da Comissão, realizada no mês de novembro em Redenção.  

Em meados de agosto do ano passado, um grupo de colonos que possui lotes de terras dentro da Fazenda Cristalino, localizada no município de Santana do Araguaia, a 225 quilômetros de Redenção, procurou a Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) para denunciar ter sido alvo de intimidações por parte de pistoleiros que estariam agindo dentro daquela área. A denúncia foi feita pelo presidente da associação que representa os colonos assentados na fazenda, Sidnei Borges Júnior. Segundo ele, um grupo formado por cerca de 10 homens armados invadiu o assentamento e ateou fogo em quatro barracos. “A gente estava deitado e quando saímos os barracos estavam pegando fogo”, disse Júnior. Ele acredita que a ação partiu de homens a mando de grileiros que também reivindicam a posse da Fazenda Cristalino.

De acordo com Júnior, o assentamento na Fazenda Cristalino possui 52 mil hectares de terras e é dividido em grandes 15 retiros, que formam lotes de 20 alqueires cada. No local, estão assentadas 482 famílias que, segundo ele, foram levadas para lá com o apoio e incentivo do Incra de Marabá, em julho de 2008. Os colonos reclamam que nos últimos três anos o Incra nunca vistoriou a área, o que torna a situação ainda mais complicada, já que ninguém tem certeza se ficará mesmo com a terra, enquanto isso, ainda segundo Sidnei Júnior, pistoleiros intimidam os colonos a qualquer hora do dia ou da noite.

Procurada pela reportagem de O Liberal na tarde de ontem, a empresa Agro Santa Barbara, que detém a propriedade da área, declarou que não foi convidada para a reunião de hoje em Brasília. “É estranha  a discussão da desapropriação da Fazenda Cristalino tendo em vista a decisão de impossibilidade de a desapropriação ser realizada, conforme decisão já publicada  no Diário Oficial”. Afirmou em nota a empresa.

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