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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

JUIZ DA VARA DO TRABALHO DE MARABÁ VAI RECEBER PRÊMIO NACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

Jônatas Andrade teve trabalho reconhecido na adoção de ações inovadoras no combate à exploração do trabalho e à prática do trabalho escravo.  

O juiz titular de Vara do Trabalho Jônatas Andrade, da 2ª Vara do Trabalho de Marabá, é um dos ganhadores do Prêmio Nacional de Direitos Humanos 2012, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, na categoria “Erradicação do Trabalho Escravo”, conforme decisão da Comissão de Julgamento tomada a 29 de novembro deste ano. De acordo com a coordenadora-geral de Educação em Direitos Humanos da Secretaria, Clarice Gosse, o prêmio é um reconhecimento da atuação do magistrado, “marcada pela consciência humanitária que, inevitavelmente, contribui para a ampliação da sensibilidade da sociedade brasileira sobre a necessidade do respeito aos Direitos Humanos”, declarou, em comunicação ao Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região.

O prêmio é um reconhecimento ao trabalho do juiz Jônatas Andrade na sua trajetória na Justiça do Trabalho da 8ª Região, onde tem se destacado pela adoção de ações inovadoras no combate à exploração do trabalho e à prática do trabalho escravo. É de sua iniciativa a criação do Grupo Interinstitucional de Erradicação do Trabalho Escravo (Gaete), que reúne a Justiça do Trabalho, o Ministério Público do Trabalho, a Delegacia Regional do Trabalho, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Comissão Pastoral da Terra, a Organização Não Governamental Repórter Brasil e outras entidades.

Criado em meados de 2011, o Gaete é mantido por um fundo criado com os recursos oriundos das condenações de fazendeiros acusados de promover trabalho escravo e apoia projetos e iniciativas da sociedade civil que tenham como objetivo combater e prevenir essa prática. O grupo se reúne bimestralmente para debater ações, políticas e iniciativas de enfrentamento ao problema. De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, merecem destaque dois projetos aprovados pelo Gaete: “Escravo nem Pensar”, criado pela ONG Repórter Brasil, e “Monitoramento de Lideranças Ameaçadas de Morte na Região”, coordenado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Diocese de Marabá. Tomando por base essa experiência, o Gaete está sendo implantado atualmente nos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, depois da realização de diversos encontros e seminários, com participações de juízes do Trabalho, procuradores e desembargadores.

A cerimônia de entrega do Prêmio Direitos Humanos será a 17 de dezembro deste ano, às 10h, no salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília, mas a data ainda não foi confirmada pela Secretaria de Direitos Humanos e poderá mudar, pois depende da agenda da presidente Dilma Rousseff, que costuma participar do evento. Cada premiado receberá um troféu e um certificado assinado pela presidente.

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