O delegado
de Polícia Civil Arnaldo de Oliveira Mendes, de 60 anos, lotado na
Seccional Urbana da Marambaia, foi preso, no início da manhã de ontem,
em cumprimento a um mandado expedido pela Justiça da comarca de
Castanhal na última sexta-feira (30). Ele é acusado de extorsão, crime
registrado em Castanhal. As vítimas teriam reconhecido o delegado e o
denunciaram à Justiça. O delegado estava na unidade policial onde
trabalha quando recebeu a ordem de prisão.
Segundo
a Polícia Civil do Estado do Pará, o mandado de prisão expedido pela
justiça de Castanhal foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Civil
para que a Delegacia de Crimes Funcional (Decrif) cumprisse a
determinação. Ainda segundo a Polícia Civil, a ordem de prisão foi
cumprida pelos delegados Eloi Fernandes e Nilma Lima, no início da manhã
de ontem, por volta de 7 horas, quando os policiais foram até a casa do
delegado, mas ele já havia saído para trabalhar. Então, ele foi
localizado na Seccional da Marambaia, onde foi preso.
O
presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado do
Pará (Adepol-PA), Fernando Flávio Lopes Silva, disse apenas que a prisão
do delegado Arnaldo Mendes foi uma surpresa para a categoria. Apesar de
não querer comentar o episódio, Silva disse que o advogado da Adepol-PA
já estava tomando as providências sobre o caso. "Vamos fazer uma nota
posteriormente, mas, no momento, não temos como nos pronunciarmos sobre o
caso", afirmou, dando a entender que não sabia detalhes sobre os
motivos da prisão.
Segundo
a Polícia Civil, o delegado foi encaminhado ao Centro de Recuperação
Especial Coronel Anastácio das Neves, no complexo de Americano, em Santa
Isabel do Pará, ainda durante a manhã. Entretanto, a Superintendência
do Sistema Penitenciário do Estado do Pará informou que não constava a
entrada do delegado naquela casa penal até as 16 horas de ontem.
A reportagem tentou
contato com a Central de Mandados do Tribunal de Justiça do Estado do
Pará, em Castanhal, mas não obteve retorno até o início da noite de
ontem. Além disso, solicitou um entrevista da Corregedoria da Polícia
Civil para falar sobre o assunto, mas foi informada que ninguém
pronunciaria.
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