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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

MADEIREIROS ATIRAM EM AGENTES DO IBAMA









Área indígena foi palco de confronto entre Policiais militares e madeireiros.

Um índio e dois policiais militares estão desaparecidos desde a tarde de sábado, 01, quando agentes do Ibama foram alvos de vários tiros disparados por madeireiros no momento em que faziam a retirada de uma grande quantidade de madeira apreendida dentro da terra Indígena Alto Rio Guamá, na zona rural do município de Nova Esperança do Piriá. A madeira foi apreendida no ano passado depois de ser extraída ilegalmente de dentro da Terra Indígena, mas só agora o Ibama pôde fazer cubagem, para posterior retirada. 

De acordo com relato de Norberto Neves, agente do Ibama, os madeireiros dominaram os fiscais e policiais militares e tomaram as suas armas. Antes do episódio, dois policiais militares e um índio Tembé, se perderam na mata fechada.

Na tarde de ontem, a justiça federal enviou pedidos de apoio urgente para a Polícia Federal e a Polícia Militar do Pará, para conter os conflitos na área e desarmar os madeireiros. Em meados de 2009, na mesma área, agentes do Ibama apreenderam três caminhões, 43 metros de carvão de desmatamento e 373 m³ de madeira ilegal. À época, o Ibama aplicou mais R$ 110,5 mil em multas e uma serraria foi fechada. No mesmo ano, 16 pessoas acusadas de desmatar a reserva foram presas por policiais civis e militares de Paragominas, que também apreenderam motosserras, duas armas calibre 22, dois caminhões carregados de toras e um carro. 

A Terra Indígena Alto Rio Guamá já teve um terço da sua área de 257 mil hectares desmatada por madeireiros, produtores rurais e até traficantes, sendo que o Ibama destruiu inúmeras plantações de maconha dentro da reserva.

Cerca de mil índios vivem na área protegida, que reúne três aldeias. Desde 2007, o Ibama combate com grandes operações a destruição da reserva.  Em 2008, uma operação do Ibama, denominada “Caapora” destruiu 2,5 mil pés de maconha em seis plantações dentro da Reserva. As equipes estavam fazendo diversos levantamentos na localidade, quando detectaram que criminosos desmataram parte da floresta amazônica para a plantação de maconha.  Além disso, 15 kg de maconha processada e 5 kg de sementes da erva foram apreendidas no local. Na oportunidade, a equipe destruiu dois acampamentos clandestinos que funcionavam ilegalmente na reserva e apreendeu três armas artesanais que estavam na área. 

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