Área indígena foi palco de confronto entre Policiais militares e
madeireiros.
Um índio
e dois policiais militares estão desaparecidos desde a tarde de sábado, 01,
quando agentes do Ibama foram alvos de vários tiros disparados por madeireiros
no momento em que faziam a retirada de uma grande quantidade de madeira
apreendida dentro da terra Indígena Alto Rio Guamá, na zona rural do município
de Nova Esperança do Piriá. A madeira foi apreendida no ano passado depois de
ser extraída ilegalmente de dentro da Terra Indígena, mas só agora o Ibama pôde
fazer cubagem, para posterior retirada.
De acordo com relato de Norberto Neves,
agente do Ibama, os madeireiros dominaram os fiscais e policiais militares e
tomaram as suas armas. Antes do episódio, dois policiais militares e um índio
Tembé, se perderam na mata fechada.
Na tarde
de ontem, a justiça federal enviou pedidos de apoio urgente para a Polícia
Federal e a Polícia Militar do Pará, para conter os conflitos na área e
desarmar os madeireiros. Em meados de 2009, na mesma área, agentes do Ibama
apreenderam três caminhões, 43 metros de carvão de desmatamento e 373 m³ de
madeira ilegal. À época, o Ibama aplicou mais R$ 110,5 mil em multas e uma
serraria foi fechada. No mesmo ano, 16 pessoas acusadas de desmatar a reserva
foram presas por policiais civis e militares de Paragominas, que também
apreenderam motosserras, duas armas calibre 22, dois caminhões carregados de
toras e um carro.
A Terra Indígena Alto Rio Guamá já teve um terço da sua área
de 257 mil hectares desmatada por madeireiros, produtores rurais e até traficantes,
sendo que o Ibama destruiu inúmeras plantações de maconha dentro da reserva.
Cerca de
mil índios vivem na área protegida, que reúne três aldeias. Desde 2007, o Ibama
combate com grandes operações a destruição da reserva. Em 2008, uma operação do Ibama, denominada “Caapora”
destruiu 2,5 mil pés de maconha em seis plantações dentro da Reserva. As
equipes estavam fazendo diversos levantamentos na localidade, quando detectaram
que criminosos desmataram parte da floresta amazônica para a plantação de
maconha. Além disso, 15 kg de maconha
processada e 5 kg de sementes da erva foram apreendidas no local. Na oportunidade,
a equipe destruiu dois acampamentos clandestinos que funcionavam ilegalmente na
reserva e apreendeu três armas artesanais que estavam na área.
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