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domingo, 24 de fevereiro de 2013

TRIBUNAL DO JURI DA COMARCA DE PARAUAPEBAS CONDENOU ASSASSINO DA COMERCIÁRIA ANA KARINA



Por maioria de votos, o Tribunal do Júri da Comarca de Parauapebas condenou, na noite desta quinta-feira, 21, o réu Florentino de Sousa Rodrigues, a 24 anos de reclusão em regime fechado, por homicídio duplamente qualificado. O réu é um dos quatro acusados de envolvimento na morte da comerciária Ana Karina, em 10 de maio de 2010. O juiz negou ao réu o direito de recorrer da sentença em liberdade. Neste caso, o acusado continuará preso em presídio da Região Metropolitana de Belém.

A pena do réu foi agravada pelo concurso material (ocultação de cadáver), mas os jurados repulsaram o crime de aborto sem o consentimento da gestante. Em sua sentença, o juiz destacou que, em relação à personalidade do réu, “o agente demonstra-se como insensível, autor do crime contra a vida, tipo de repulsa, pois tutela um dos maiores – se não o maior – bem jurídico: a vida” e que “os motivos da ação são injustificáveis, não havendo argumento plausível para a grave conduta”.

Atuaram no julgamento, que terminou por volta das 21h30, os promotores Danilo Pompeu Colares e Guilherme Chaves Coelho, além de o advogado do réu, José Dias de Souza. Os outros três réus do processo, Alessandro Camilo de Lima, Grasiela Barro Almeida e Francisco Assis Dias também foram pronunciados pelo crime, mas estão recorrendo da decisão.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Ana Karina foi assassinada nas proximidades do Clube City Park, na zona urbana de Parauapebas, sendo que o empresário, Alessandro Camilo de Lima, que era pai da criança que a jovem carregava em seu ventre, teria assassinado a comerciária com a ajuda de Francisco de Assis Dias, o “Magrão”, após ser pressionado pela mesma para pagar as custas do parto. O corpo de Ana Karina teria sido esquartejado, colocado em um tambor e jogado no Rio Itacaiúnas, no município de Marabá. Pela autoria do crime foram denunciados a justiça, além de Alessandro Camilo e “Magrão”, Florentino de Sousa Rodrigues, vulgo “Minêgo”, e a noiva de Alessandro Camilo, a comerciante Grasiela Barros Almeida, sendo a última a mentora intelectual do crime.

Também foi denunciado o nacional Pedro Ribeiro Loureiro, que seria o proprietário da arma de fogo calibre 380 mm, PT 938, nº KQK 43667 que matou Ana Karina. Em contato com a reportagem de O Liberal na tarde de ontem, a jovem Kariane Guimarães, irmã de Ana Karina, disse que está confiante na justiça e na condenação de Florentino Souza. Ela disse que tem esperanças do réu confessar o que de fato aconteceu no dia do crime e relatar onde foi jogado ou enterrado o corpo da comerciária. “Minha mãe sofre muito desde o desaparecimento de minha irmã. Tudo o que queremos é realizar um enterro digno”. Desabafou Kariane.

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