Para
visitar a obra, os indígenas receberam equipamentos de segurança e instruções
sobre os cuidados na circulação pelos canteiros.
Índios das aldeias Curuá e Irinapãn visitaram esta
semana o Sítio Pimental, na usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira. “Conhecendo o
que acontece aqui a gente pode explicar para o nosso povo, acalmar, mostrar que
nossa região vai ter uma vantagem com essa obra”. Disse o indígena Valter
Ferreira Curuaia. A visita é a primeira
de várias que serão realizadas pela Norte Energia como cumprimento a um acordo
firmado com a FUNAI e representantes indígenas, em junho de 2012.
Após assistir a um vídeo
sobre o Sistema de Transposição de Embarcações (STE), construído pela Norte
Energia e entregue no último dia 15 de janeiro para garantir a navegabilidade
no Xingu, o grupo seguiu até o mirante, ponto mais alto do Sítio Pimental, onde
puderam ter uma visão real da construção e identificar o ponto onde está sendo
construída a casa de força complementar da usina.
Atentos às apresentações de
cada ponto da obra, os visitantes interagiram com a equipe de coordenação,
perguntaram, contaram histórias sobre a região, muito à vontade, pediram
detalhes sobre a geração de energia e as obras no leito do rio. “Se vocês
garantirem que o rio (Xingu) não vai secar, eu vou tranqüilo pra minha aldeia,
sabendo que o (os rios) Curuá e Iriri, onde meu povo pesca, não vão secar”,
declarou Valter Ferreira Curuaia ao se referir ao uso do rio pelas comunidades.
A primeira visita ao Sítio
Pimental foi coordenada pelo diretor de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde,
Segurança e Responsabilidade Social do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM),
Antonio Oliveira, o gerente socioambiental da Norte Energia, Antonio Neto, e a
analista de assuntos indígenas da Norte Energia, Joana Angélica. Não houve
representantes da FUNAI.
A agenda de visitações foi
uma solicitação das comunidades indígenas da região, de acordo com relatório
encaminhado pela FUNAI à Norte Energia. Eles têm interesse em conhecer as
atividades executadas pelas construtoras, entender o funcionamento da usina
hidrelétrica, compreender como serão mitigados os impactos ambientais e sociais
e, principalmente, ter acesso aos benefícios oriundos dos investimentos
previstos no Programa Básico Ambiental – PBA.
Para visitar a obra, os
indígenas receberam equipamentos de segurança e instruções sobre os cuidados na
circulação pelos canteiros. “Nosso objetivo aqui é fazer com que todos possam
ver de perto que os cuidados apresentados em relatórios são levados muito a
sério, que nosso trabalho é consciente e a obra trará benefícios para todos”,
destacou Antonio Neto.
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