Filme se passa em 1978, no maior garimpo a céu aberto da
Floresta Amazônica, na era da febre do ouro.
O filme “Serra
Pelada”, que já teve locações em São Paulo e no Pará, só deverá chegar às telas
do cinema em meados do segundo semestre de 2013. Por enquanto, só foram
divulgadas fotos com cenas urbanas e nada sobre o famoso garimpo de Serra
Pelada, que dá título ao filme. A produção tem deixado em expectativa como será
a reconstituição daquele formigueiro de gente cheia de lama. O filme se passa
em 1978, no maior garimpo a céu aberto da Floresta Amazônica, na era da febre
do ouro, e traz no elenco Wagner Moura, Sophie Charlotte, Julio Andrade,
Juliano Cazarré e Matheus Nachtergaele. A produção é de Heithor Dhalia, Tatiana
Quintella e Wagner Moura.
Considerado o
maior garimpo a céu aberto do mundo na década de 1980, Serra Pelada chegou a
extrair, em seu auge, uma tonelada de ouro por mês, chegando a mobilizar o
trabalho de 80 mil homens. Vinte anos depois, a vila de Serra Pelada não tem
mais histórias de riqueza para contar. E como num jogo de azar, poucos ficaram
ricos. “Serra Pelada – Esperança não é sonho” aborda a expectativa de
reabertura do garimpo de Serra Pelada pelos 7 mil remanescentes da população
garimpeira que, vivendo em condições muito precárias, chegaram a se voltar
contra a própria Vila, escavando o cemitério em busca de ouro.
"Serra Pelada'' retrata
a jornada de Juliano (Juliano Cazarré) e Joaquim (Julio Andrade), dois amigos
que deixam o Rio de Janeiro em busca de fortuna no garimpo, onde na década de
80, pelo menos 30 toneladas de ouro foram extraídas da grande cava localizada
no coração da Amazônia. Como tantos outros garimpeiros, Juliano acaba
corrompido pela ganância e pelo poder, tornando-se um gângster na região.
Ex-pugilista, ele revela seu lado mais violento em Serra Pelada, o que destrói
a amizade com Joaquim, professor que só quer ganhar algum dinheiro e voltar o
quanto antes para casa, onde a mulher grávida o espera.
"Serra Pelada'' - orçado em R$ 10 milhões, com R$ 7 milhões já
captados - teve locações no Pará e em São Paulo, incluindo filmagens em Mogi
das Cruzes, onde foram reproduzidas cenas de extração de ouro na antiga cava
(que chegou a uma profundidade de quase 200 metros no auge do garimpo) e em
Paulínia, na fazenda São João, onde foi reconstruída a vila dos garimpeiros, onde
muitos deles gastavam o dinheiro que ganhavam. Havia mercearias, açougue,
barbearia, "biroscas'' (que vendiam bebidas alcoólicas) e os prostíbulos,
frequentados em sua maioria por homossexuais chamados de "Marias" -
já que a entrada de mulheres era proibida no garimpo. "A vila cenográfica
foi meticulosamente reproduzida de acordo com a pesquisa histórica'', diz a
produtora Tatiana Quintella, sócia de Heitor Dhalia na empresa Paranoid e
produtora de filmes como "A Mulher Invisível" e "Homem do
Futuro", ambos de Cláudio Torres.
Pronto para voltar ao Rio,
Joaquim é roubado (perdendo tudo o que acumulou com tanto esforço), acusando
imediatamente o amigo Juliano. Depois de insultos e agressões físicas, Juliano
revela que o autor do crime é Lindo Rico (Wagner Moura, também coprodutor do
filme), um tipo ambicioso que semeia a desconfiança entre os amigos para tomar
o lugar de Juliano. Além de Andrade, Casarré e Moura, completam o elenco
principal a atriz Sophie Charlotte, no papel de Tereza, a mulher que vira a cabeça
de Juliano, e o ator Matheus Nachtergaele, que vive Carvalho, o fazendeiro rico
e poderoso que é noivo de Tereza.
Um dos pontos altos da obra,
segundo Dhalia, é a sua dramaturgia. "É o que mais falta ao cinema
brasileiro. As tramas não desenvolvem bem os personagens, fazendo com que eles
soem falsos. É preciso entender que, sem dramaticidade, a cena não
existe", afirma o diretor.
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