Recém-nascido foi
transferido no sábado, 11, para o Hospital Regional de Marabá, onde veio a
óbito.
Um
bebê de apenas 465 gramas, que nasceu na quarta-feira, 08, no Hospital Materno
Infantil de Marabá, e que esperou 4 dias para ser transferido para Unidade de
Tratamento Intensivo, UTI, morreu na tarde de quinta-feira, 16. Apesar dos
médicos terem disponibilizado uma vaga na UTI neonatal, o bebê não resistiu e
veio a óbito. “Ele Estava pedindo para
viver desde o primeiro minuto”. Lamentou
a médica intensivista do Hospital
Materno Infantil (HMI) Valéria Caselli Ferreira.
Embora reconheça que o Hospital Regional seja sempre um parceiro para receber
prematuros em situação de alto risco de vida, a médica Valéria observa que os
leitos de UTI Neonatal no HR estão sempre lotados. A mãe, Aline Lima Rocha, de
22 anos, chegou à terceira gravidez em situação parecida com as duas
anteriores, onde sofreu aborto espontâneo. Agora, aos cinco meses de gravidez,
ela passou 12 dias internadas no Materno Infantil, onde foi submetida a uma
cerclagem para tentar segurar o bebê por mais tempo possível no útero. Todavia,
como estavam perdendo muito líquido, o parto precisou ser feito no dia 08.
Segundo
a intensivista Valéria Caselli, a literatura orienta que em casos de parto na
23ª semana de gestação, não se deve tentar ressuscitar o bebê, que já nasce
praticamente sem chances de viver. “Mas ele apertou meu dedo e chorou, como que
pedindo para viver. ”, disse, explicando que mesmo assim, casos como o dele
dificilmente alcançam 24 horas de vida. As dimensões do bebê, que veio ao mundo
através de parto normal, impressionam. Além de pesar apenas 465 gramas, ele
media 29 centímetros, sendo 24 de centímetro cefálico.
Desde
que nasceu o bebê de Aline Lima foi encaminhado para a UCI (Unidade de Cuidados
Intermediários), onde foi submetido à ventilação mecânica e fez uso de drogas
vasoativas. No sábado, 11, finalmente ele foi transferido para uma UTI
neonatal, no Hospital Regional do Sudeste, em Marabá, onde passou a receber cuidados intensivos. A médica conta que a equipe fez de tudo para
salvar a vida do prematuro. Depois que foi liberado do Hospital, o corpo do
bebê foi sepultado na manhã de ontem, em um cemitério de Marabá.
Ai meu Pai! Tem hora que me pergunto porque Deus permite que crianças sofram tanto. Não contive minhas lágrimas. :(
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