Até o
final da tarde de ontem, a equipe do delegado Augusto Damasceno, da
delegacia de São Miguel do Guamá, ainda desconhecia a identidade do
homem que tentou matar a tiros a prefeita e candidata à reeleição no
município, Márcia Cavalcanti (PSD), por volta das 22h do sábado.
O
atirador disparou contra a prefeita e feriu uma pessoa que estava com
ela, de prenome Simas, que teria tentado impedir o crime.
Ontem
pela manhã, o delegado Damasceno recebeu o apoio do superintendente da
Polícia Civil na região do Salgado, delegado Luiz Xavier, de três equipe
do Grupo de Pronto Emprego, e de investigadores da Polícia Civil para
fazer diligências no município para tentar localizar o atirador. O
autor dos disparos, conforme apurou o delegado, estava na garupa de uma
motocicleta modelo Titan, cor prata. Vestido com bermuda, camisa e boné
pretos, ele se aproximou da prefeita, que conversava em frente à casa de
uma vizinha, com amigos, e passou a disparar contra a gestora.
Cinco
tiros atingiram Márcia, todos na perna direita. O homem fugiu na mesma
moto, em direção ao bairro Olho D´água, em São Miguel do Guamá, depois
de disparar contra o rapaz que tentou proteger a prefeita se lançando
contra o atirador. Simas recebeu três disparos, também na perna, e, ontem, teve que ser submetido a uma cirurgia para recuperar o membro atingido.
Os
dois feridos no atentado foram levados a Belém ainda no sábado. A
prefeita retornou, ontem, a São Miguel, enquanto o outro ferido segue
internado em um hospital particular da capital. 'Vou continuar com minha campanha e, a partir de hoje, vou andar com seguranças', afirmou a prefeita. Ela
conta que, por instinto, se encolheu para não ser atingida. 'Quando fui
baleada pela primeira vez, caí no chão, e não deu pra ver a cara de quem
atirou. Mas tinha pelo menos 30 pessoas perto de mim e muita gente
passando pela rua. Algumas delas me disseram que era um homem moreno,
baixo. Lamento que o rapaz que se agarrou com o bandido tenha levado a
pior. Mas ele vai ficar bom, se Deus quiser', afirmou Márcia Cavalcanti,
que é do PSD, e candidata a reeleição em São Miguel do Guamá.
Uma
vizinha de Márcia, que presenciou os disparos, conta que a ação foi
muito rápida. Ela afirma que é costume, depois da novela, ir sentar-se à
frente da sua casa. Quando pode, a prefeita participa do bate-papo.
Na
noite de sábado, Márcia havia acabado de chegar de um comício. 'Tinha
muita gente por perto, casais conversando, pessoas passando pela rua.
Até agora, estou assustada', falou a dona-de-casa. Essa
não foi a primeira vez que Márcia Cavalcanti foi vítima, com sua
família, de um atentado a tiros. Há dois anos, no dia em que assumiu o
cargo de prefeita, o filho dela, Moacir Neto, foi morto a tiros. Márcia
assumiu no lugar do prefeito eleito Nenê Lopes, que teve o mandato
cassado pela Justiça. Apesar de
recentemente ter recebido ameaças de morte por telefone, o que ela teria
confidenciado a algumas pessoas íntimas, Márcia não andava com
seguranças. O que disse que começará a fazer a partir de hoje.
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