PROMOTOR FLAGRA CRIME ELEITORAL EM ULIANÓPOLIS

Palco usado em comício do fazendeiro Davi Resende foi apreendido dentro da prefeitura de Ulianópolis.

Depois de receber denúncia dando conta de vários crimes eleitorais que estariam ocorrendo no município de Ulianópolis, o promotor eleitoral Maurim Virgulino, realizou na manhã de ontem uma operação de fiscalização dentro da prefeitura e do Hospital Municipal da cidade. Acompanhado de policiais civis e militares, o promotor flagrou, dentro da garagem da prefeitura, um palco que foi usado no comício do fazendeiro Davi Resende Soares, que ainda não teve o registro deferido pelo TRE.  Todo o material foi apreendido e levado para a delegacia de polícia civil de Ulianópolis. 

flagrante foi registrado por integrantes da coligação “O Povo Quer Mudança”, que filmaram o momento em que o palco foi desmontado, na manhã de domingo, 26, e levado para a garagem da prefeitura de Ulianópolis. De acordo com a Legislação Eleitoral, fazer uso da máquina pública em benefício de candidato ou coligação partidária é conduta vedada, punível com a cassação do registro, 8 anos de inelegibilidade e pagamento de multa. O palco apreendido pertence ao empresário Ítalo Todde e todos os anos é alugado para os eventos oficiais da prefeitura. 

Ainda na PMU, o promotor fez uma varredura em todo o prédio, flagrando vários carros de funcionários, com propaganda de candidatos, estacionados em frente ao prédio da prefeitura. Já no Hospital Municipal, Maurim Virgulino flagrou um quadro com a foto da candidata a vereadora, Suely Xavier, no saguão de entrada do HMU, caracterizando crime eleitoral, uma vez que Suely não é mais agente pública, sendo que não existiria justificativa para a sua fotografia estar afixada na parede de um prédio Público. Na frente do Hospital, o promotor fotografou várias placas de candidatos próximos a prédios públicos, o que é proibido pela Lei Eleitoral. 

Além de ainda não ter obtido o registro de candidatura a prefeito, o fazendeiro Davi Resende Soares está sendo investigado em quatro Ações Judiciais Eleitorais que estão tramitando na 84 zona eleitoral. Nas Ações, o pecuarista é acusado de apresentar um diploma falso de Técnico em contabilidade para obter o registro no TRE, doar terrenos em troca de votos em um loteamento batizado com seu nome e manter contratos irregulares de aluguel de imóveis com a prefeitura. O prédio da secretária de Educação de Ulianópolis, que pertence ao fazendeiro Davi Resende, está alugado para a prefeitura pelo valor de R$ 8 mil reais, valor considerado exorbitante e fora dos padrões do mercado na região.  

A esposa do pecuarista, a ex-prefeita Suely Xavier Soares, que concorre ao cargo de vereadora graças a uma liminar da justiça, uma vez que teve as contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado, TCE, também está sendo investigada em Ação Eleitoral sob a acusação de ter se apropriado de uma linha telefônica da prefeitura de Ulianópolis.