Nos primeiros dias de
fiscalização, os agentes vistoriaram 900 km de praias.
O Ibama
começou este mês as ações de proteção à reprodução da tartaruga-da-amazônia
(Podocnemis expansa), do tracajá (Podocnemis unifilis) e do pitiú (Podocnemis
sextuberculata) no Tabuleiro do Embaubal, no Baixo Xingu, entre os municípios
de Vitória do Xingu e Senador José Porfírio. Nos primeiros dias de
fiscalização, os agentes vistoriaram 900 km de praias e apreenderam três
espingardas, milhares de metros de malhadeiras, espinheis e seis embarcações
flagradas na captura ilegal dos quelônios. Os responsáveis foram multados em R$
207 mil e 36 tartarugas resgatadas vivas foram devolvidas à natureza.
Nesta
época do ano, as três espécies de cágados e tartarugas que desovam na região
começam a se dirigir às praias, conhecidas como tabuleiros, onde se reúnem em
grandes grupos, antes de iniciar a postura, nos meses de outubro a dezembro.
"São milhares de tartarugas expostas. É quando elas ficam mais vulneráveis
e viram alvo fácil dos pescadores ilegais", explica o coordenador da
operação, o analista ambiental Rodrigo Numeriano. Monitorada pelo Ibama, a área
de reprodução no Tabuleiro do Embaubal é uma das mais importantes do país.
Com o
Programa Quelônios da Amazônia, o instituto maneja a desova, o nascimento e a
soltura de cerca de 400 mil filhotes todos os anos. O programa tem o apoio da
Norte Energia, da ONG WWF e das prefeituras de Vitória do Xingu e Senador José
Porfírio.
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