EXCELÊNCIA EM QUALIDADE

EXCELÊNCIA EM QUALIDADE

terça-feira, 21 de agosto de 2012

FRIGORÍFICO SE DEFENDE DE ACUSAÇÕES



Deputada pediu suspensão da Licença de atividades de Frigorífico e Curtume por poluição ao meio ambiente.

Representantes do frigorífico JBS, de Marabá, enviaram correspondência ontem a O Liberal, informando que a direção corporativa do grupo, vai convidar a deputada estadual Bernadete ten Caten (PT) para conhecer as instalações da unidade industrial da empresa em Marabá, sudeste do estado, onde funcionam um frigorífico e um curtume. No último dia 8, em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), a deputada apresentou requerimento, publicado nesta coluna, solicitando ao governo do Estado a suspensão temporária da licença de funcionamento do frigorífico. 

A principal alegação da deputada é que o odor exalado da empresa é nocivo à saúde da população do entorno da JBS. Porém, de acordo com a União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec), a unidade de produção de couro instalada na região é a uma das mais modernas de todo o Brasil e segue rigorosamente a legislação ambiental.

Já o frigorífico exporta carne até para Israel, um país exigente e que impõe, inclusive, critérios de natureza religiosa para o abate de animais. Segundo dados da empresa, foram aplicados mais de R$ 2 milhões últimos meses para colocar em prática uma série de medidas para reduzir a produção e a emissão de odores na unidade de Marabá. O plano de ação foi apresentando para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e o Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam) e, em junho deste ano, a companhia recebeu na unidade a visita de peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, para que fosse elaborado um laudo com um parecer técnico sobre os resultados das medidas adotadas. 

A empresa ainda aguarda pelo resultado do estudo realizado. A JBS concordou também em contratar uma consultoria independente para inspecionar as unidades, assim como outras possíveis fontes de odor na cidade para esclarecer a situação.

Até o fim de 2013, o grupo pretende investir R$ 6 milhões em melhorias ambientais em todos os seus negócios no Pará. O presidente da Uniec lembra que a JBS não é a única indústria instalada na área e que é injusto que os holofotes voltem-se exclusivamente para uma empresa que procura trabalhar dentro de rigorosos padrões de sustentabilidade social e ambiental. “Nessa mesma área há um aterro sanitário, ou seja, um lixão, uma fábrica de ração, além de um frigorífico e uma graxaria em condições irregulares, e eu acho curioso que não se diga nada a esse respeito. Se há impactos ambientais da atividade industrial às proximidades da JBS, em Marabá, a empresa não é a única nem a maior responsável por isso. É preciso que a verdade seja dita e divulgada”, diz Victer, categórico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário