Deputada
pediu suspensão da Licença de atividades de Frigorífico e Curtume por poluição
ao meio ambiente.
Representantes
do frigorífico JBS, de Marabá, enviaram correspondência ontem a O Liberal, informando
que a direção corporativa do grupo, vai convidar a deputada estadual Bernadete
ten Caten (PT) para conhecer as instalações da unidade industrial da empresa em
Marabá, sudeste do estado, onde funcionam um frigorífico e um curtume. No
último dia 8, em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), a
deputada apresentou requerimento, publicado nesta coluna, solicitando ao governo
do Estado a suspensão temporária da licença de funcionamento do frigorífico.
A
principal alegação da deputada é que o odor exalado da empresa é nocivo à saúde
da população do entorno da JBS. Porém, de acordo com a União Nacional da
Indústria e Empresas da Carne (Uniec), a unidade de produção de couro instalada
na região é a uma das mais modernas de todo o Brasil e segue rigorosamente a
legislação ambiental.
Já
o frigorífico exporta carne até para Israel, um país exigente e que impõe,
inclusive, critérios de natureza religiosa para o abate de animais. Segundo
dados da empresa, foram aplicados mais de R$ 2 milhões últimos meses para
colocar em prática uma série de medidas para reduzir a produção e a emissão de
odores na unidade de Marabá. O plano de ação foi apresentando para a Secretaria
Municipal de Meio Ambiente (Semma) e o Conselho Municipal de Meio Ambiente
(Comam) e, em junho deste ano, a companhia recebeu na unidade a visita de
peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, para que fosse elaborado
um laudo com um parecer técnico sobre os resultados das medidas adotadas.
A empresa
ainda aguarda pelo resultado do estudo realizado. A JBS concordou também em
contratar uma consultoria independente para inspecionar as unidades, assim como
outras possíveis fontes de odor na cidade para esclarecer a situação.
Até
o fim de 2013, o grupo pretende investir R$ 6 milhões em melhorias ambientais
em todos os seus negócios no Pará. O presidente da Uniec lembra que a JBS não é
a única indústria instalada na área e que é injusto que os holofotes voltem-se
exclusivamente para uma empresa que procura trabalhar dentro de rigorosos
padrões de sustentabilidade social e ambiental. “Nessa mesma área há um aterro
sanitário, ou seja, um lixão, uma fábrica de ração, além de um frigorífico e
uma graxaria em condições irregulares, e eu acho curioso que não se diga nada a
esse respeito. Se há impactos ambientais da atividade industrial às
proximidades da JBS, em Marabá, a empresa não é a única nem a maior responsável
por isso. É preciso que a verdade seja dita e divulgada”, diz Victer,
categórico.
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