Moradores revoltados
com o descaso do Poder Público atearam fogo em uma das pontes.
Pontes de
várias estradas vicinais que ligam a zona rural à área urbana do município de
Pau D'Arco, no sul do Pará, estão em condições precárias e intrafegáveis. Na
madrugada de segunda-feira, 20, cansados de esperar pelo conserto de uma das
pontes localizadas na principal estrada vicinal que permite o acesso dos
moradores da Colônia Guarantã, localizada no município de Pau D’Arco, no sul do
Pará, com a Rodovia PA-155 e também com a sede do município, agricultores do
assentamento colocaram fogo em uma ponte, em sinal de protesto pelo abandono da
parte do poder público municipal e pelo perigo que a ponte representava para a
população da localidade.
Segundo
informações colhidas no local, o fogo foi colocado de forma proposital por moradores
durante a madrugada, danificando parte da ponte que fica localizada a cerca de
20 quilômetros da sede do município de Pau D´Arco e por onde os moradores são
obrigados a passar diariamente. De acordo com o morador Manoel Maria Fernandes,
no início do primeiro semestre deste ano, um grupo de estudantes que reside na
região da colônia Gurarantã, fez uma manifestação em frente à Prefeitura de Pau
D´Arco solicitando providência para o estado da ponte, pois um ônibus escolar cheio
de alunos quase caiu em uma das pontes, sendo que até então nada teria sido feito
para solucionar o problema.
Diante do
descaso, alguns moradores resolveram radicalizar ateando fogo na ponte. Segundo
testemunho de um morador que pediu para não ser identificado por temer
represálias, a ponte foi incendiada como forma de chamar a atenção das
autoridades para o descaso com as vicinais da zona rural do município. Segundo
o colono Sebastião Silva, há tempos que a população da Colônia solicitou junto
a secretaria municipal de Obras o concerto das pontes existentes no trecho da
estrada vicinal, que estão em péssimo estado de trafegabilidade. “Até hoje nada
foi feito. Enquanto isso os moradores, arriscam a vida passando sobre pontes
que mais parecem arapucas e armadilhas”. Desabafou o agricultor.
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