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quarta-feira, 22 de agosto de 2012

PONTES ESTÃO INTRAFEGÁVEIS NO SUL DO PARÁ



Moradores revoltados com o descaso do Poder Público atearam fogo em uma das pontes.

Pontes de várias estradas vicinais que ligam a zona rural à área urbana do município de Pau D'Arco, no sul do Pará, estão em condições precárias e intrafegáveis. Na madrugada de segunda-feira, 20, cansados de esperar pelo conserto de uma das pontes localizadas na principal estrada vicinal que permite o acesso dos moradores da Colônia Guarantã, localizada no município de Pau D’Arco, no sul do Pará, com a Rodovia PA-155 e também com a sede do município, agricultores do assentamento colocaram fogo em uma ponte, em sinal de protesto pelo abandono da parte do poder público municipal e pelo perigo que a ponte representava para a população da localidade.

Segundo informações colhidas no local, o fogo foi colocado de forma proposital por moradores durante a madrugada, danificando parte da ponte que fica localizada a cerca de 20 quilômetros da sede do município de Pau D´Arco e por onde os moradores são obrigados a passar diariamente. De acordo com o morador Manoel Maria Fernandes, no início do primeiro semestre deste ano, um grupo de estudantes que reside na região da colônia Gurarantã, fez uma manifestação em frente à Prefeitura de Pau D´Arco solicitando providência para o estado da ponte, pois um ônibus escolar cheio de alunos quase caiu em uma das pontes, sendo que até então nada teria sido feito para solucionar o problema.

Diante do descaso, alguns moradores resolveram radicalizar ateando fogo na ponte. Segundo testemunho de um morador que pediu para não ser identificado por temer represálias, a ponte foi incendiada como forma de chamar a atenção das autoridades para o descaso com as vicinais da zona rural do município. Segundo o colono Sebastião Silva, há tempos que a população da Colônia solicitou junto a secretaria municipal de Obras o concerto das pontes existentes no trecho da estrada vicinal, que estão em péssimo estado de trafegabilidade. “Até hoje nada foi feito. Enquanto isso os moradores, arriscam a vida passando sobre pontes que mais parecem arapucas e armadilhas”. Desabafou o agricultor.

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