Município tem
estimativa de produção diária de 10 mil litros de leite, sendo 90% do produto
destinado a queijarias artesanais.
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas, (Sebrae), realizou esta semana, na Feira Agropecuária de
Paragominas, o II Workshop tecnológico da bacia leiteira do município. Informar sobre as ações de desenvolvimento da
cadeia produtiva leiteira, com o objetivo de melhorar a utilização das áreas,
manejo rotacionado, controle zootécnico do rebanho, melhoria da qualidade do
leite e seus derivados, foram os principais objetivos do evento. Durante o Workshop, o Sebrae disponibilizou
palestras de vários órgãos, entre eles a Empresa de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Pará (Emater), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do
Pará (Adepará) e Secretaria Municipal de Agricultura de Paragominas.
O
município, que tem estimativa de produção diária de 10 mil litros de leite, tem
90% do produto destinado a queijarias artesanais. Os demais 10% são
comercializados em padarias, laticínios ou para venda doméstica in natura.
Diante deste quadro existe grande preocupação com a regularização dos espaços
artesanais. O município já possui o Serviço de Inspeção Municipal (SIM), e de
acordo com o Sebrae, trabalhou até o momento com uma ação educativa sobre a
regularização, mas já deve iniciar com uma ação fiscalizadora nos espaços de
fabricação dos produtos. No sentido de informar sobre as possibilidades de
fabricação dos diferentes tipos de queijo, a tecnóloga da Emater, Michele Santos,
abordou sobre o processo de produção, desde os mais complexos até a fabricação
do produto mais simples, como o queijo coalho, que tem a massa aquecida,
tornando-a mais resistente a proliferação de micro-organismos.
O
queijo coalho pode ser fabricado sem fermentação, somente com coagulação. A
Instrução Normativa 57 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), que trata da produção do queijo artesanal, permite a comercialização do
produto somente maturado em regiões livres de tuberculose, brucelose e controle
de mastite, doenças transmissíveis do alimento manipulado inadequadamente ao
ser humano. Segundo dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária,
Paragominas não é zona livre. “É de suma importância para a prevenção dos
riscos, que podem ser microbiológicos, físicos ou químicos, que vai desde a
contaminação até a adulteração do produto com água oxigenada”, enfatizou a
tecnóloga. Em Paragominas, a Emater é integrante do Grupo Gestor do Projeto de
Leite e Derivados de Paragominas. A empresa atua na instrução de controle de
doenças, pastagem e veterinária.
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