MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ
O promotor de justiça, Maurim Lameira Vergolino
do Ministério Público Eleitoral, realizou no dia 28, diligência para apreensão
da estrutura de palco que estava sendo usado dentro da garagem da prefeitura
municipal e no hospital municipal de Ulianópolis, para realização de comício do
fazendeiro Davi Resende Soares, candidato a prefeitura, mesmo que ainda não
tenha registro deferido pelo Tribunal de Justiça Eleitoral (TJE).
Após o flagrante, todo material usado para o
comício foi encaminhado à delegacia local da polícia civil. As denúncias foram
feitas por integrantes de outra coligação, que registrou o momento em que o
palco estava sendo desmontado no domingo (26).
Segundo o promotor de justiça, Maurim Vergolino,
“após fazer uma varredura nas dependências do prédio da prefeitura, foram
encontrados vários carros de funcionários com propaganda de candidatos
estacionados em frente ao prédio e no hospital encontramos um quadro com a foto
da candidata a vereadora Suely Xavier, o que caracteriza-se crime eleitoral”,
informou o promotor.
Ainda de acordo com o promotor, nós “fizemos o
registro de várias placas de candidatos em frente ao hospital, próximo a prédios
públicos, o que vem a ser proibido pela Lei Eleitoral”, disse Vergolino.
O fazendeiro Davi
Soares, está sendo investigado em quatro ações judiciais eleitorais, ainda em
tramitação. Nas ações, o fazendeiro é acusado de apresentar um diploma falso de
técnico em contabilidade, para a obtenção do registro junto ao TJE, além de doar
terrenos em troca de votos em loteamento registrado em seu nome, entre outras
irregularidades.
Vale ressaltar que, fazer uso de máquina pública
em benefício de candidato ou coligação partidária é conduta vedada, punível com
cassação de registro, oito anos de inelegibilidade e pagamento de multa,
conforme consta na Legislação Eleitoral.
Revisão: Edson Gillet (Assessoria de Imprensa)
Foto: PJ de Ulianópolis