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domingo, 7 de julho de 2013

PROJETO PECUÁRIA REALIZA DIA DE CAMPO NA ZONA RURAL DE PARAGOMINAS


No evento será lançado também os manuais de Bem-estar Animal de autoria do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal.

Agricultores e produtores rurais de Paragominas e cidades vizinhas participam na manhã de hoje, na zona rural do município, de um dia de campo organizado pelo Projeto "Pecuária Verde". O investimento em qualificação de mão de obra nas fazendas do Pará é cada vez mais importante para se alcançar um futuro de pecuária sustentável. Informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) mostram que utilizar técnicas de manejo racional que minimizem o estresse do rebanho bovino pode aumentar em até R$ 100,00 o lucro do produtor por cada animal. 

No evento será lançado também os manuais de Bem-estar Animal de autoria do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal (ETCO/UNESP). O Mapa financiou 50 mil exemplares destes manuais, voltados para os temas: Transporte, Vacinação, Embarque, Identificação e Bezerros ao Nascimento, com o intuito de incentivar a prática do manejo racional e melhorar a produtividade na pecuária. "O Bem-estar animal faz parte da sustentabilidade e é uma política dentro do Ministério, que trabalha com pontos focais em cada estado por meio de portarias", ressalta Andréa Parrilla, chefe da Divisão de Bovideocultura do Mapa (Depros/Mapa).

Segundo o especialista, a adequação das fazendas para a utilização dessa forma de manejo exige cuidados baseados em três elementos: instalações, pessoas e animais. "Ter instalações adequadas melhora o bem-estar do animal diminui os riscos de traumas ou escoriações nas carcaças. Em relação à infraestrutura, deve-se evitar espaços em que se formem cantos com ângulos de 90 grau, para evitar que eles se machuquem", explica Páscoa. 

O projeto Pecuária Verde é financiado pelo Fundo Vale e a Dow AgroSciences. Existente desde 2011, realiza experimentações em áreas piloto em seis fazendas no Pará, hoje consideradas modelo de sustentabilidade, com o apoio de especialistas em intensificação das pastagens e manejo racional do gado de instituições de pesquisa como Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e Escola Superior de Agricultura (Esalq/USP).


ÍNDIOS MUNDURUKUS PROTESTAM CONTRA HIDRELÉTRICAS NO RIO TAPAJÓS


Indígenas são contrários a construção de Usina


Cerca de 100 indígenas Munduruku lotaram a Câmara Municipal de Vereadores de Jacareacanga, na manhã de quinta-feira, 04, para protestar contra os vereadores que são favoráveis ao projeto do governo de construir hidrelétricas no rio Tapajós. A fachada da Câmara foi grafitada com frases de protesto como "Não queremos barragens", "viva o Tapajós", "respeitem nosso direito" e "nossa palavra é que vale".

Dentro do plenário, lideranças indígenas discursaram acusando vereadores de estarem tentando dividir o povo Munduruku, espalhando mentiras sobre os acontecimentos." Este é um movimento popular indígena autônomo. Nossa decisão é a decisão do coletivo, dos caciques, das lideranças. E a decisão é de que somos contra as barragens que afetam nosso território", explicou Valdenir Munduruku aos parlamentares. "Nossa posição precisa ser respeitada. Ontem, nesta casa, alguns vereadores criticaram nosso movimento. A gente veio aqui [na Câmara] pra deixar um recado bem claro: se vocês não podem nos ajudar, também não atrapalhem", disse.

Para o povo Munduruku, os parlamentares tem sido usados pelo governo federal e pelos empreendedores para forçar a viabilização de projetos hidrelétricos em território indígena e tradicional, mesmo sem ter havido consulta – e mesmo com o posicionamento público das comunidades contrário ao empreendimento. "Vocês não precisam vir falar de compensações, vir falar que as hidrelétricas vão trazer saúde e educação, porque saúde e educação são direitos nossos que não vamos negociar a troco de hidrelétricas", argumentou a liderança.

Os vereadores ouviram as críticas dos manifestantes em silêncio. Ao final da sessão, o presidente da Casa, vereador Jerson Mourão (PSB), saiu pela tangente e agradeceu a oportunidade de ouvir os indígenas. "A Câmara vai estar apoiando vocês", respondeu aos indígenas.



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