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quarta-feira, 31 de julho de 2013

PROGRAMA DA VALE BUSCA PRESERVAÇÃO DE EXPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO


Nascidas há pouco mais de um mês, Ararajubas recebem atenção dedicada e cuidados especiais em uma área restrita fora do circuito de visitação.

Dois filhotes de ararajuba (Guarouba guarouba), espécie ameaçada de extinção, nasceram no Parque Zoobotânico Vale (PZV), em Parauapebas, sudeste do Pará. Símbolo brasileiro pela beleza da plumagem verde e amarela, o nascimento das aves é resultado do Programa de Manejo Reprodutivo para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção e Relevância Biológica. O programa, que é desenvolvido no interior da Floresta Nacional de Carajás (bioma Amazônico), tem a parceria da Vale, mantenedora do PZV, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Nascidas há pouco mais de um mês, as ararajubas recebem atenção dedicada e cuidados especiais em uma área restrita fora do circuito de visitação, pois o primeiro mês de vida é crucial para o desenvolvimento dos filhotes. Para estimular o crescimento saudável, tratadores reforçam a alimentação, que precisa ser balanceada e enriquecida. “Desde 2009, quando iniciamos o programa, este é o primeiro caso de sucesso. Nossa expectativa é de também conseguir reproduzir a arara-azul”, explica o veterinário André Mourão.

Para viabilizar o processo de reprodução, são formados casais em recintos isolados e semelhantes ao habitat natural, onde são colocados ninhos artificiais. A adaptação é lenta e não depende da ação humana. “Assim que concluirmos esse período de desenvolvimento inicial das aves, vamos descobrir o sexo e, com isso, definir os próximos passos do programa. Cabe ressaltar que só trabalhamos com animais doados pelo Ibama ou pelo ICMBio e ainda por meio de permuta com instituições de outras localidades; nunca tiramos um animal do seu meio natural para a reprodução em cativeiro”, explica o biólogo Josaphat Chaves

A ararajuba é um psitacídeo de médio porte, entre 34 e 36 cm de comprimento, que habita principalmente as florestas de terra firme no Maranhão e Pará, com registros recentes para o Mato Grosso e Rondônia.  A espécie chama a atenção pela beleza da plumagem, de coloração amarelo-dourada e penas de voo verdes. São aves que vivem em grupos que podem variar de três a 30 indivíduos e alimentam-se de frutos, cocos, flores e sementes. Atualmente existem 627 espécies da fauna reconhecidas pelo governo brasileiro como ameaçadas de extinção.

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