Equipes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPPA cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão em Parauapebas e Marabá na manhã desta quinta-feira (20).
Em Parauapebas, a operação foi desencadeada pelo Ministério Público depois que alguns vídeos registrados pelo empresário Pedro Ribeiro mostram a entrega de dinheiro aos vereadores Maridé Gomes da Silva (PSC), José Arenes (PT), Bruno Soares (PSD) e Charles Borges (PROS), supostamente para comprar influência na Câmara de Vereadores de Parauapebas.
O empresário Hamilton Ribeiro foi preso logo cedo em sua residência. Pedro Ribeiro está sendo procurado pelo Gaeco. As prisões temporárias foram decretadas pelo juiz Libio Araújo Moura, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Parauapebas.
O juiz decretou também o afastamento do cargo de vereador de Maridé Gomes. Ele, que foi reeleito nas últimas eleições com 1.579 votos, pode não ser diplomado em virtude dessa decisão. O vereador Charles Borges está sendo procurado e será conduzido coercitivamente até a sede do MP em Parauapebas para prestar esclarecimentos.
Os vídeos que resultaram na operação do MPPA foram gravados no final de setembro do estacionamento da Câmara Municipal de Parauapebas. Um deles registra Pedro Ribeiro entregando dinheiro ao vereador Maridé Gomes. Outro vídeo registra o encontro de Pedro com o vereador Bruno Soares (PSD). No vídeo, Pedro repassa a quantia de R$ 10 mil a Soares.
Investigações
Segundo o MPPA, Hamilton recebeu R$ 126 milhões da Prefeitura de Parauapebas entre os anos de 2013 e 2015, em contratos de pavimentação de estradas, aluguel de veículos e desapropriação de terrenos. Para os promotores, Hamilton pagou propina aos vereadores em troca de apoio da câmara para futuros contratos.
“O empresário Hamilton Ribeiro, nas palavras de seu sobrinho Pedro Ribeiro, tinha a intenção de cooptar todos os vereadores por meio do pagamento de uma mesada, de um ‘mensalão’ no valor de R$ 10 mil reais. É possível afirma que dinheiro público possa ter sido utilizado para pagar os vereadores”, afirma o promotor de justiça Helio Rubens.
Marabá
Em Marabá, o Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão. Um dos locais visitados pelo MP foi a residência do prefeito João Salame. suspeito de envolvimento com Josimar Eneas da Costa, o Eletro. preso pela Polícia Federal durante a “Operação Asfixia”, realizada no Pará no início do mês. O Ministério Público investiga, também, suposta compra de uma aeronave envolvendo o prefeito de Marabá, João Salame e o preso federal “Eletro”.
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