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quinta-feira, 27 de outubro de 2016
ALTAMIRA : ACUSADOS DE ASSASSINAR FAMILIA PRESTAM DEPOIMENTO
A Justiça de Altamira, no sudoeste do Pará, prossegue na manhã desta quinta-feira (27) com a audiência de instrução em que serão ouvidas as sete pessoas acusadas de envolvimento no assassinato do casal Buchinger e do filho mais velho deles, Ambrósio Buchinger Neto, que aconteceu em janeiro deste ano. O juiz Alexandre Trindade, da 1ª Vara criminal de Altamira, deverá decidir se os réus serão ou não levados a júri popular.
A primeira audiência do caso foi realizada na última quarta-feira (26) ocorreu dentro de uma sala reservada no Fórum do Poder Judiciário de Altamira e não pode ser acompanhada pela imprensa. Doze testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas por mais de cinco horas, entre elas Chiara Buchinger, filha do casal assassinado.
Também prestaram depoimento, a pedido do Ministério Público Estadual (MPPA), os policiais civis que participaram das investigações do caso.
O juiz, o promotor e quatro advogados de defesa deverão fazer perguntas aos acusados. Para o advogado de defesa de Henrique Buchinger, filho do casal e apontado como o mentor do crime, a expectativa é que os depoimentos ajudem a esclarecer o caso e a provar a inocência dele, que nega a participação nas mortes dos pais e do irmão.
"A sociedade de Altamira tem o direito de saber o que de fato ocorreu e que nós temos a expectativa que seja esclarecida essa tragédia familiar em que o Henrique aparece como suspeito e, na nossa convicção, vai ser esclarecido de uma vez por todas o que houve no dia seis de janeiro", afirmou César Ramos da Costa, advogado de defesa de Henrique Buchinger.
Já o Ministério Público, que denunciou os sete acusados por homicídio qualificado, quer esclarecer a real motivação do crime a partir dos depoimentos dos réus.
"Até porque existe um real interesse dos executores, e que foi realmente provado que eles praticaram o crime e de revelar qual seria o verdadeiro motivo desse crime", declarou o promotor de Justiça Antônio Manoel Dias.
Entenda o caso
De acordo com a polícia, Luís Alves Pereira, a esposa Irma Buchinger Alves e os três filhos do casal, sendo dois homens e uma mulher, estavam na residência da família quando criminosos invadiram a casa, na madrugada do último dia 6 de janeiro deste ano. Os suspeitos renderam o casal e o filho mais velho e usaram fita adesiva e um cadarço de sapato para imobilizar as vítimas e cometer o crime.
Henrique e a irmã caçula foram algemados e trancados no banheiro, mas conseguiram escapar por uma janela e pedir ajuda para a polícia. A polícia não informou se a filha também teria envolvimento no crime.
O casal de empresários era proprietário de uma boutique de roupas que funcionava no mesmo endereço da residência. Inicialmente, a polícia acreditava que os suspeitos teriam invadido o prédio à procura de dinheiro e feito a família refém.
Após análise das imagens do circuito interno de segurança, o delegado Rodrigo Leão, superintendente da Polícia Civil na Região do Xingu, informou que cerca de cinco pessoas chegaram em um carro e entraram na casa, mas devido à falta de qualidade da imagem não foi possível identificar nem as pessoas, nem a placa do veículo. Os suspeitos fugiram levando o carro da filha do casal e abandonaram o veículo em um ponto distante 12 quilômetros de Altamira.
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