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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O PREÇO DA VIOLÊNCIA NO BRASIL : ÓBITOS MASCULINOS SÃO 80,5 DO TOTAL DA FAIXA ETÁRIA DE 15 A 29 ANOS

retratos da vida

A distribuição dos óbitos ocorridos em 2013 por sexo revela a sobremortalidade masculina na maior parte das faixas etárias, especialmente, para os jovens de 15 a 29 anos. Neste grupo, 80,5% dos óbitos foram masculinos e 19,5% foram femininos. Os diferenciais por sexo são crescentes até o grupo etário de 20 a 24 anos, e a partir daí vão reduzindo até ocorrer a inversão, através da superação dos óbitos femininos em relação aos dos homens, a partir dos 80 anos de idade.

Os percentuais mais elevados de óbitos masculinos nos grupos etários de 15 a 29 anos decorrem, especialmente, da mortalidade por causas violentas ou acidentais.Em 2013, 8,4% dos óbitos masculinos e 1,6% dos óbitos femininos foram por causas não-naturais. As regiões Norte (10,8%), Nordeste (10,7%) e Centro-Oeste (10,1%) apresentaram as maiores proporções de morte violenta do sexo masculino.

No que tange às mortes violentas de jovens de 15 a 24 anos de idade, as proporções mais elevadas na população masculina ocorreram no Rio Grande do Norte (79,3%), Bahia (78,9%) e Sergipe (78,1%). Os maiores percentuais de óbitos violentos juvenis de mulheres foram observados no Rio Grande do Sul, Tocantins e Rio Grande do Norte, respectivamente, 55,6%, 50,0% e 46,9%.

Do total de óbitos não naturais na faixa de 15 a 24 anos de idade, 97,5% das pessoas eram solteiras e 2,2% eram casadas. Entre as mulheres, o percentual de solteiras era um pouco menor (94,7%) e a proporção de casadas que morreram de causas não naturais foi o dobro da apresentada para os homens (4,4% e 2,0%, respectivamente). No que se refere ao local de ocorrência do óbito, 47,8% dos jovens de 15 a 24 anos morreram em via pública (47,8% homens e 37,8% mulheres).

As proporções de morte no domicílio foram bem diferenciadas por sexo: 16,1% dos óbitos femininos e 8,3% dos óbitos masculinos. A conjugação de um maior peso de óbitos femininos ocorridos entre mulheres casadas e no domicílio, em relação aos homens, pode ser um indicativo de violência doméstica, no qual as mulheres casadas são as principais vítimas.

Fonte: IBGE

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