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terça-feira, 23 de dezembro de 2014

CHORUME DO AURÁ CONTAMINA ÁGUA E PREJUDICA COMUNIDADES RIBEIRINHAS

Uma comunidade ribeirinha que fica no entorno do rio Aurá, em Belém, enfrenta dificuldades para conseguir água potável. O chorume do aterro sanitário do Aurá cai direto no rio. O Ministério Público do Estado (MPE) entrou no caso e pede que a Cosanpa e a Prefeitura de Belém tomem providências para que os moradores não sejam mais prejudicados.
São aproximadamente mil pessoas que vivem a ironia de morar cercados pelo rio, sem poder aproveitar a água. “Passamos semanas, 15, 20 dias, com o igarapé todo estragado, dependendo só da água da chuva para coletar. Quando não chove, ficamos de mãos atadas”, relata Rogério Silva, ribeirinho.
“Existe o impacto ambiental e o impacto social. A gente nem consegue dimensionar o impacto todo porque a partir do momento em que carreia chorume, carreia também metais pesados, contaminantes orgânicos, porque não há diferenciação do tipo de lixo no lixão do Aurá”, diz Marcelo Lima, pesquisador do Instituto Evandro Chagas. A recomendação para que fossem tomadas providências ocorreu este mês, mas até agora, nenhuma solução foi tomada.
A Secretaria de Saneamento de Belém e a Cosanpa informaram que ainda não foram notificadas e desconhecem o teor das recomendações do MPE.

A Cosanpa disse ainda que está fazendo investimentos no sentido de ampliar o abastecimento de água na região metropolitana de Belém.

Fonte: G1 PA

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