Uma comunidade ribeirinha que fica no entorno do rio Aurá, em Belém,
enfrenta dificuldades para conseguir água potável. O chorume do aterro
sanitário do Aurá cai direto no rio. O Ministério Público do Estado
(MPE) entrou no caso e pede que a Cosanpa e a Prefeitura de Belém tomem
providências para que os moradores não sejam mais prejudicados.
São aproximadamente mil pessoas que vivem a ironia de morar cercados
pelo rio, sem poder aproveitar a água. “Passamos semanas, 15, 20 dias,
com o igarapé todo estragado, dependendo só da água da chuva para
coletar. Quando não chove, ficamos de mãos atadas”, relata Rogério
Silva, ribeirinho.
“Existe o impacto ambiental e o impacto social. A gente nem consegue
dimensionar o impacto todo porque a partir do momento em que carreia
chorume, carreia também metais pesados, contaminantes orgânicos, porque
não há diferenciação do tipo de lixo no lixão do Aurá”, diz Marcelo
Lima, pesquisador do Instituto Evandro Chagas. A recomendação para que
fossem tomadas providências ocorreu este mês, mas até agora, nenhuma
solução foi tomada.
A Secretaria de Saneamento de Belém e a Cosanpa informaram que ainda
não foram notificadas e desconhecem o teor das recomendações do MPE.
A Cosanpa disse ainda que está fazendo investimentos no sentido de
ampliar o abastecimento de água na região metropolitana de Belém.
Fonte: G1 PA
Nenhum comentário:
Postar um comentário