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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MILITARES DO EXERCITO PRESOS POR MORTE DE EMPRESÁRIO QUE FOI CARBONIZADO NA ESTRADA DA CEASA EM BELÉM

Cabo envolvido no crime está internado no Hospital Metropolitano.
Motivação do crime seria uma dívida no valor de R$ 6 a R$ 9 mil reais.

Dois militares, funcionários do Hospital Geral do Exército, foram presos nesta segunda-feira (30) suspeitos de matar carbonizado o empresário Antônio Júnior Moraes da Silva, de 29 anos, no último dia 6 de novembro. Segundo informações da Divisão de Homicídios da Polícia Civil, o cabo envolvido no crime está internado com queimaduras de terceiro grau no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua.
De acordo com a polícia, os militares assassinaram juntos a vítima, encontrada em um matagal no bairro do Curió-Utinga, nas proximidades da Estrada da Ceasa, em Belém. O motivo seria uma dívida no valor de R$ 6 mil a R$ 9 mil, que ambos deviam a Antônio e estavam com dificuldades para pagar. Em depoimento, teriam afirmado que Antônio emprestava dinheiro a juros muito altos e que, pelo débito, estariam sofrendo ameaças.
Os delegados Maria Lúcia Santos e Cláudio Galeno, da Divisão de Homicídios, estão à frente das investigações e consideram o caso concluído. Segundo os policiais, o soldado e o cabo do Exército teriam informado ainda que Antônio foi asfixiado com um cinto, e que decidiram depois incendiar o carro do empresário com o corpo da vítima dentro.

As chamas acabaram atingindo o cabo do Exército, que sofreu queimaduras e chegou a ir até uma unidade de saúde no bairro do Icuí, de onde foi encaminhado para o Hospital Metropolitano. Durante as investigações, a polícia suspeitou da ligação do militar com o crime. O soldado também envolvido na morte de Antônio continuava trabalhando normalmente e foi preso dentro do Comando Militar do Norte, que deu apoio à operação.
Os militares ainda vão prestar esclarecimentos. Em nota, o Comando Militar do Norte informa que os dois suspeitos encontram-se presos à disposição da Justiça Comum e afastados das suas funções no quartel. Informa, também, que todas as medidas para auxílio nas investigações estão sendo prestadas, conforme determinação judicial.
Entenda o caso
O empresário Antônio Júnior Moraes da Silva, de 29 anos, desapareceu após sair de casa, no bairro do Tapanã, no carro de mesma marca e placa do veículo encontrado no local do crime. O corpo carbonizado foi encontrado dentro de um veículo em chamas na noite do dia 6, em um matagal no bairro do Curió-Utinga, em Belém. A identificação só foi possível depois da realização de um exame de DNA. O resultado foi divulgado pelo Instituto Médico legal vinte dias depois do crime.
De acordo com informações do Centro Integrado de Operações (Ciop), funcionários da Central de Abastecimento do Pará (Ceasa) denunciaram por meio do 190 a ocorrência de um veículo incendiado no matagal, nas proximidades da Estrada da Ceasa. A identificação do carro foi possível pela localização da placa e devido o contato feito com a esposa de Antônio Júnior, que confirmou que o marido saiu de casa por volta de meio-dia e que ele é dono de um carro de mesmo modelo, cor e placa do veículo encontrado. Desde esse horário, ela afirma que não conseguiu falar por telefone com o marido.
De acordo com informações da polícia, a mulher informou que o marido trabalhava com vendas de confecções e serviu quatro anos no Exército. Na época do crime, há quase um mês, a polícia não descartou que crime pudesse ter ligação com a série de 11 assassinatos que ocorreram na madrugada do dia 4 para o dia 5 de novembro na capital paraense.

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