Manifesto exige asfaltamento de 17quilômetros da
Transamazônica.
Uma reunião em Brasília
ocorrida na tarde de quarta-feira,31 de julho, selou o acordo que liberou o
tráfego na Rodovia Transamazônica. Desde o dia 25 de julho, um grupo de
moradores residentes na pequena vila Jarbas Passarinho, situada na zona rural
do município de Palestina do Pará, no sul do Pará, estavam mantendo interditada
a rodovia BR-230, mais conhecida como Transamazônica. A interdição ocorreu na
divisa do Estado do Pará com o Tocantins, as proximidades do município de
Araguatins. Os moradores reivindicam do Governo Federal o asfaltamento de um
trecho de apenas 17 quilômetros.
De acordo com os
manifestantes, a rodovia foi asfaltada até Marabá, sendo que a 10 anos a
população espera a pavimentação do pequeno trecho. O asfaltamento da cabeceira
da ponte Araguatins/Palestina, sobre o Rio Araguaia também é reivindicado pelos
moradores. Em 2010, o então ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos,
inaugurou a ponte e liberou o tráfego, mesmo sem a obra estar totalmente
concluída. Moradores do povoado e região alegam que a poeira tem prejudicado
bastante a comunidade durante estes mais de 10 anos. Barricadas com terra,
entulhos, faixas, barracas e cadeiras foram colocadas da estrada.
A Reunião ocorrida na sede
do DNIT, em Brasília, entre deputados, o diretor-geral do DNIT, general Jorge
Ernesto Pinto Fraxe, diretor técnico do órgão e representantes dos municípios
de Palestina e Brejo Grande, sacramentou acordo. Em ata assinada pelos
participantes da audiência, ficou definido que o DNIT publicará edital
eletrônico, nos próximos dias, para contratação da empresa, baseado na
legislação do PAC, já que a obra está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento.
“Em 40 dias a pavimentação é para ser iniciada”, definiu o general. Tão logo a
ata foi assinada pelos líderes do movimento e representantes do governo, o
tráfego de veículos pela ponte foi liberado.
A Rodovia Transamazônica foi
projetada durante o governo do presidente, Emílio Garrastazu Médici (1969 a
1974), sendo uma das chamadas “obras faraônicas” devido às suas proporções
gigantescas, realizadas pelo regime militar. É a terceira maior rodovia do
Brasil, com 4.223km de comprimento, ligando Cabedelo, na Paraíba à Lábrea, no
Amazonas, cortando sete estados brasileiros; Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão,
Tocantins, Pará e Amazonas.
Inaugurada em 27 de agosto
de 1972, foi inicialmente projetada para ser uma rodovia pavimentada com 8 mil
quilômetros de comprimento, conectando as regiões Norte e Nordeste do Brasil
com o Peru e o Equador, não sofreu maiores modificações desde sua inauguração.
Depois o projeto foi modificado para 4.977 km até Benjamin Constant, porém a
construção foi interrompida em Lábrea totalizando 4.223 km.
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