S11D está previsto para iniciar produção em 2016, atingindo capacidade máxima em 2018, de 90 milhões de toneladas.
As obras civis da usina de beneficiamento do maior projeto da história da Vale, no Pará, começaram na quarta-feira (31) sob responsabilidade do grupo Andrade Gutierrez e contribuição de diversas outras empresas, incluindo australianas, informou o executivo responsável pelo empreendimento. A construtora venceu licitação para as obras civis da planta de processamento de minério de ferro do projeto S11D, o primeiro e mais promissor da Serra Sul, em Carajás, em plena selva amazônica.
O negócio entre Vale e Andrade Gutierrez integra um conjunto de contratações incluídas no investimento de 8 bilhões de dólares para erguer mina e planta de processamento, somados aos 11,6 bilhões de dólares necessários para a construção de ferrovia e porto, num investimento total de históricos 19,6 bilhões de dólares. O valor do contrato entre Vale e Andrade Gutierrez não foi informado.Com 3 mil trabalhadores, o projeto S11D está previsto para iniciar produção em 2016, atingindo capacidade máxima em 2018, de 90 milhões de toneladas, equivalente ao que a Vale já extrai na região, nas minas ao norte da Serra dos Carajás.
A produção total de minério de ferro da Vale no Pará, quando S11D estiver em plena capacidade será de 230 milhões de toneladas, incluindo os 40 milhões de toneladas do projeto Carajás Adicional, que deve ser implantado até o final do ano. A produção atual do complexo de Carajás é de 109 milhões de toneladas anuais, cerca de um terço de todo o minério que a Vale produz. Além da Andrade Gutierrez, outras empresas já avançam no canteiro de obras, com inovações que garantiram à Vale a obtenção das licenças ambientais necessárias ao megaempreendimento. Uma série de tecnologias foram previstas para que o minério possa ser transportado até a usina por correias e por cima da floresta, em estruturas suspensas.
O custo da Vale para reduzir o impacto ambiental com novos sistemas é estimado em 2 bilhões de dólares, incluídos no investimento do projeto, disse o executivo. Sem as adaptações, a Vale não teria conseguido aval do Ibama para extrair minério de ferro de Serra Sul, uma cordilheira de 120 quilômetros de extensão que faz parte da Serra de Carajás, incluída em uma área de preservação. A tecnologia “truckless”, ou seja, sem os caminhões que normalmente são usados para transportar o minério neste percurso, está sendo implantada com participação da australiana WorleyParsons.
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