Os movimentos circulares realizados momentos antes da queda pela aeronave Avro RJ-85, da companhia aérea Lamia, que transportava a delegação da Chapecoense até Medellín, na Colômbia, podem indicar uma busca por solução mediante algum problema durante o voo, segundo diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Mateus Ghisleni.
“A princípio, identificamos nas imagens o movimento de órbita sob um determinado ponto, que é um procedimento usual realizado pelos pilotos enquanto buscam soluções para eventuais problemas que podem aparecer durante um voo. Essa decisão pode ser tomada devido a situações climáticas ou até mesmo uma pane elétrica. Ainda é muito cedo para buscar qualquer análise do acidente, mas essas hipóteses podem ser consideradas”, afirmou Ghisleni.
O time chapecoense partiu do aeroporto internacional de Guarulhos nesta segunda-feira, em um voo comercial, com destino a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e de lá embarcou no avião da companhia área Lamia rumo a Medellín, que caiu na madrugada desta terça-feira deixando 75 mortos e seis resgatados com vida. O time disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional nesta quarta-feira.
Segundo o especialista, a idade de aeronave não é um fator que possa ter contribuído para o acidente. “O tempo da aeronave não tem muito importância. O que vale sempre será a condição dessa aeronave, o acompanhamento periódico e a manutenção em dia. Essas informações só aparecerão durante o processo de investigação”. O avião tem origem britânica, era usado para rotas regionais em pistas curtas e já possuía 16 anos de uso, de acordo com sites especializados em aviação.
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