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domingo, 4 de agosto de 2013

JUIZ AMEAÇADO VAI RECEBER PRÊMIO NO RIO DE JANEIRO


Jonatas Andrade vai receber honraria concedida por movimento ligado aos direitos humanos.

O juiz Jonatas dos Santos Andrade, da 2ª Vara do Trabalho, em Marabá, que está na lista dos ameaçados de morte no sul do Pará vai receber, no dia 9 de dezembro, no Rio de Janeiro o Prêmio Canuto, que será entregue pelo Movimento Humano Direitos, MHuD. A entidade, que está completando 10 anos de existência, tem grande atuação em municípios paraenses na defesa de lideranças rurais que estão ameaçadas de morte. Fazem parte do MHuD empresários, profissionais liberais, lideranças religiosas e artistas de renome como Letícia Sabatella, Camila Pitanga, Dira Paes e Osmar Prado.

Na semana passada, o juiz Jônatas Andrade enviou ofício à Desembargadora Odete de Almeida Alves, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da Oitava Região, relatando ameaças dirigidas ao magistrado, advogados e serventuários da justiça que atuam em um processo trabalhista envolvendo o fazendeiro Décio José Barroso Nunes, o “Delsão”. Segundo o comunicado enviado a desembargadora, as ameaças chegaram ao conhecimento do juiz através de dois advogados que foram contratados por 9 trabalhadores para atuar em processos contra o fazendeiro.

De acordo com o relato dos advogados, dias depois de contratar os serviços advocatícios os clientes desistiram das ações, alegando que foram ameaçados de morte por “Delsão”. Segundo as denúncias, registradas no cartório do TRT de Marabá, há cerca de um mês atrás, cerca de 40 trabalhadores moveram uma Ação Trabalhista contra a empresa pertencente ao pecuarista, ocasião em que Décio Barroso teria afirmado que mandaria matar o líder dos trabalhadores reclamantes, o advogado Romoaldo Oliveira, que ingressou com a Ação e o juiz Jonas dos Santos Andrade. Por conta da gravidade das denúncias, o magistrado resolveu requisitar proteção pessoal ao Tribunal Regional do Trabalho.

Décio José Barroso Nunes, o “Delsão”, é réu em um processo que tramita na comarca de Rondon do Pará, acusado de ser o mandante do assassinato do sindicalista “Dezinho”, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Município. O crime, ocorrido em dezembro de 2000, teve repercussão internacional. Até hoje, a viúva de Dezinho, a sindicalista Maria Joel, e várias entidades lutam para que o fazendeiro seja levado a julgamento.

 

Um comentário:

  1. Quanta hipocrisia. Este estardalhaço sobre uma ameaça de um juiz, e os cidadãos que estão sendo massacrados, diferente de ameaçados não valem nada? só juiz tem preço? so autoridade tem valor? qual o premio que essa população miserável vai ganhar pela não desistencia de viver?

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