Produtores
de Paragominas, no sudeste do Pará, se reuniram em Belém na última
segunda-feira (26) para avaliar os resultados do terceiro ano de implantação do
Projeto Pecuária Verde. O encontro reuniu os integrantes do conselho consultivo
do projeto, executado pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Paragominas em
parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri).
O
projeto busca um modelo sustentável para a atividade no município, que já foi
considerado campeão de desmatamento no Estado. Hoje, Paragominas prioriza a
questão ambiental, desenvolvendo um trabalho de recuperação das Áreas de
Preservação Permanente e o enriquecimento da reserva legal nas propriedades
rurais com fins lucrativos.
O
trabalho é feito sob a consultoria dos especialistas nas áreas de manejo e
recomposição de reserva legal Mateus Paranhos da Costa, Moacyr Corsi e Ricardo
Ribeiro, que apresentaram os resultados dos últimos três anos. O Pecuária Verde
começou em 2011, em seis fazendas da região que já fizeram reformas nas
instalações com base nas boas práticas da pecuária sustentável.
As
mudanças facilitaram o manejo com os animais e reduziram o esforço, o tempo
para execução do trabalho e o risco de acidentes nos currais. A introdução do
método de desmama lado a lado diminuiu o estresse dos animais, que ainda
ganharam peso após a separação da vaca do bezerro. Esse é um fator de bem-estar
no trabalho tanto para o empregado quanto para os animais da fazenda.
O
aumento da produtividade depende da superação dos gargalos da produção,
informou Moacyr Corsi, que orienta sobre exploração econômica do sistema
intensivo de produção de bovinos em pastagens. “A saída para a retomada do
desenvolvimento é a pecuária sustentável que se baseia no tripé: ecologicamente
correto, socialmente justo e economicamente viável”, disse o agrônomo.
Além
das reformas, a capacitação dos empregados e a disciplina no trabalho foram
importantes para o aumento dos índices de produtividade e lucratividade e da
redução dos custos das fazendas. Em três anos, a produção aumentou de sete para
36 arrobas. Outro fator importante é a adequação ambiental e produtiva por meio
da recuperação das áreas de reserva legal, onde jatobás, ipês, cedro e andiroba
são plantados com cacau e cupuaçu em sistema agroflorestal para fins
lucrativos.
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