O
Ministro Corregedor do Conselho Nacional de Justiça, Francisco Falcão,
determinou a realização de Correição para verificação do funcionamento dos
setores administrativos e judiciais na Comarca de Xinguara, no sul do Pará. Ao
determinar a correição, o ministro considerou principalmente a existência de quatro
procedimentos em curso no Conselho Nacional de Justiça envolvendo o magistrado
José Admilson Gomes Pereira, Juiz Titular da Vara de Xinguara.
Na
portaria que determina a realização da correição, Francisco Falcão cita o fato
ocorrido no início do mês de abril, quando o advogado Rivelino Zarpelon,
ex-presidente da Subseção da OAB de Xinguara e atual juiz do Tribunal de Ética
e Disciplina da OAB Pará iniciou, em frente ao Fórum da Comarca de Xinguara,
uma greve de fome em protesto contra suposta morosidade do juiz da comarca. A
correição inicia a partir desta segunda-feira,05, (hoje), sendo que os
trabalhos serão realizados todos os dias, das 9h às 18h. Durante a correição,
os trabalhos forenses não serão suspensos e deverão prosseguir regularmente.
Participarão
dos trabalhos, por delegação do Ministro Corregedor Nacional de Justiça, o Juiz
Pedro Sanson Corat, do Tribunal de Justiça do Paraná, e o servidor Rodrigo
Casimiro Reis, da Corregedoria Nacional de Justiça.
Greve- Com uma tenda
montada em frente ao Fórum de Xinguara, o advogado Rivelino Zarpellon,
ex-presidente da Subseção da OAB de Xinguara e atual juiz do Tribunal de Ética
e Disciplina da OAB/Pará, iniciou, no dia 08 de abril, uma greve de fome.
Segundo o advogado o protesto é pelo fim das injustiças e corrupção no poder
judiciário de Xinguara, praticadas pelo juiz da comarca José Admilson Gomes
Pereira. “A greve só terminará após o afastamento do juiz, não podemos aceitar
práticas ilegais na nossa justiça” disse Rivelino. Segundo o advogado, o juiz
José Admilson Gomes Pereira, responsável pela comarca de Xinguara, tem
utilizado a função para tráfico de influência e venda de sentenças. Além de
práticas ilegais como ostentação de arma de fogo durante audiências como forma
de intimidação e utilização da segurança pública em benefício próprio. “Com
autorização do juiz, os advogados são barrados por policias ao tentar ter
acesso à sala de audiências, e somente após o policial receber autorização do
Juiz, é que os advogados podem adentrar.” afirmou Rivelino.
De
acordo com o presidente da OAB em Xinguara, Cícero Sales, as denúncias feitas
pelo advogado, foram encaminhadas representações para corregedorias do Tribunal
de Justiça do Pará e CNJ. “Nós agora vamos cobrar das corregedorias a reposta
as representações encaminhadas, são denúncias graves que merecem atenção”
avaliou. Denúncias semelhantes já pesam contra o magistrado. O Conselho
Nacional de Justiça investiga Pereira por favorecer advogados e vender
sentenças em Novo Progresso, no interior do Estado. Em 2010 e 2011, Pereira
respondeu procedimento administrativo disciplinar por suspeita de tráfico de
influência e venda de sentenças, quando era juiz da comarca de Novo Progresso,
no oeste do Pará.
Em
decisão de abril de 2013, o TJE (Tribunal de Justiça do estado), entendeu que
quem denunciou o juiz não era isento, além de não haver provas concretas das
acusações. No mês passado, o corregedor nacional de justiça, ministro Francisco
Falcão, anunciou que a decisão do tribunal do Pará contraria as evidências
apontadas no procedimento administrativo que o magistrado teria cometido faltas
funcionais e violado a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e o Código
de Ética da Magistratura, decidindo então revisar a decisão do TJPA.
O Tribunal de Justiça do Estado do Pará, com sua negligência e inoperância, envergonha a muitos, que trabalha ligado à área. Jarbas Vasconcelos, o Senhor está viajando? O senhor está no Brasil? O senhor está no Pará? São deveres do OAB fiscalizar e não prerrogativas, mais de 6 milhões de pessoas necessitam desse serviço funcionando.
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