vice-prefeito Itonir Tavares já foi empossado
no cargo, em cerimônia realizada na Câmara de vereadores.
Evandro Corrêa- Sul e Sudeste do Pará
Especial para O Liberal
Faltando
apenas 7 meses para a conclusão de seu mandato, o prefeito Izaldino Altoé (PT), conhecido como
"Dino", renunciou ao mandato de prefeito de Jacundá. A comunicação
foi oficializada esta semana durante uma
reunião com os vereadores do município. Sobre as razões que o levaram a deixar
o cargo o gestor alegou problemas de saúde. O vice-prefeito Itonir Tavares já
foi empossado no cargo, em cerimônia realizada na Câmara de vereadores.
Na carta
endereçada à Câmara de Vereadores, o então prefeito Dino Altoé anexou dois
atestados médicos que indicam “estado de humor deprimido marcado por falta de
concentração, falta de energia, insônia e presença de intensa irritabilidade,
não apresentando condições para o trabalho”. Pessoalmente, ele disse que “ainda
neste período, os médicos que me acompanham orientaram o meu afastamento do
cargo para cuidar da minha saúde física e mental, contudo, no afã de querer sempre
o melhor para a minha querida Jacundá, que acolheu a mim e a minha família de
forma tão calorosa desde que aqui chegamos, não obedeci as recomendações”.
Dino fez
questão de dizer que nesses 7 anos e cinco meses em que ocupou o cargo de
prefeito, com apoio da população de Jacundá, dedicou-se com entusiasmo e
coragem às causas do Município.
Em entrevista
concedida em sua residência , o gestor
falou sobre a difícil decisão de abdicar ao governo municipal. “Foi uma decisão
difícil para mim, mas tive apoio de minha esposa e filhos, dos meus pais e
irmãos. Além disso, tenho um grupo de apoio político e de amigos, um grupo de
vareadores que me dou bem, mas tenho que olhar para minha saúde. Durante o meu
primeiro mandato o meu nível de estresse trouxe consequência graves à minha
saúde. Cheguei a iniciar um tratamento de saúde, mas não obedeci. Esse quadro
se agravou mais ainda”. Disse Altoé alegando que que esses problemas foram se
agravando a tal ponto de prejudicar algumas decisões pessoais e
administrativas.
Sobre seu
relacionamento com o vice-prefeito Itonir Tavares, Dino disse que é uma pessoa
de sua extrema confiança. “É um vice-prefeito que confio muito, se não fosse um
parceiro e amigo, eu não renunciaria. Ele é capaz de dar prosseguimento ao meu
governo, é um irmão. Não tenho dúvida que deixando o cargo com ele, a nossa
sociedade vai ganhar, pois temos uma equipe de secretários eficientes, um grupo
de colaboradores prontos para ajudar”.
Em relação a
comentários sobre uma possível pressão para deixar a Prefeitura, Dino foi
enfático: “não fui pressionado por ninguém, pelo contrário, o presidente do meu
partido ficou comovido com minha decisão. Cheguei a pegar um atestado médico
para me licenciar da Prefeitura, e durante essa crise financeira desse ano onde
os recursos e repasses caíram drasticamente, a burocracia para liberar parcelas
das obras que estamos realizando, atraso de repasses, dezenas de viagens a
Brasília e Belém, terminei pagando um preço alto. Cansei-me. Estou extremamente
estressado e não quero cair no estado depressivo novamente”. Finalizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário