Parentes e amigos compareceram nesta tarde (5/6) ao funeral do ex-governador do Pará Jarbas Passarinho. Coronel reformado do Exército, o corpo de Passarinho foi velado com honrarias militares na Oratório do Soldado, em Brasília. Em seguida, o sepultamento ocorreu no cemitério Campo da Esperança, onde o ex-senador recebeu a mais alta homenagem para um militar: a Salva de Artilharia, em que são disparados 19 tiros de canhão. O caixão foi carregado por militares. Autoridades do Exército, ministros e políticos acompanharam a despedida. Passarinho morreu aos 96 anos, em casa. Ele deixou cinco filhos, 14 netos e 15 bisnetos.
Carlos relatou que o pai morreu em casa, por opção. "Ele queria partir honradamente, pela falência múltipla de órgãos. E em casa. Recusou ir ao hospital", contou. Segundo Carlos, o pai esteve consciente até o fim, exceto nos últimos dois dias, em que também foi sedado para amenizar as dores. "Tive a oportunidade de me despedir dele, de pedir perdão", disse.
Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Velloso compareceu ao velório no cemitério Campo da Esperança. O jurista conheceu Passarinho em 1997 e disse que tinha profunda admiração pelo ex-governador do Pará. "Tive o prazer de conversar com ele até mais ou menos cerca de 10 anos atrás. E nas reflexões, sempre estava presente o Brasil. Era um homem preocupado com o nosso povo, com o Brasil. Teve uma carreira edificante no Exército, e depois, na política", afirmou. Velloso contou que conversou com Passarinho pela última vez no segundo mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e que novamente falaram sobre a situação do país. "Era um homem que se preocupava com as ideias", disse. O ministro do STF Marco Aurelio Melo esteve no velorio no Oratório do Soldado. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, também prestou homenagens.
O deputado federal Heráclito Fortes (PSB-PI) ressaltou a importância de Passarinho para o país. O parlamentar disse que teve "divergências" com o ex-ministro na época em que conviviam no Congresso, mas que o respeitava bastante. "Foi umas das figuras mais importantes processo político no Brasil nos últimos 50 anos. Ele surgiu com o movimento revolucionário, mas soube o momento exato da mudança, e aí foi um colaborador fantástico para que a transição fosse feita com harmonia, com diálogo", disse.
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