Um grupo fortemente armado invadiu e depredou,na noite de sábado,18, o fórum de Curionópolis, no sudeste do Pará. Na ação criminosa, o bando, formado por seis homens , agrediu o vigilante do prédio da Justiça e arrombaram os gabinetes da juiza Priscila Mamede Mousinho e do membro do Ministério Público, sem que houvesse subtração de qualquer objeto, mas tão somente destruição do patrimônio público.
A ocorrência
está em fase de investigação pela Polícia Civil e a magistrada já recebeu o
apoio da Presidência do Egrégio Tribunal de Justiça e da Comissão Permanente de
Segurança de Magistrados, imediatamente ao evento. A polícia investiga se a
ação seria uma forma de retaliação ao trabalho desenvolvido pela juíza na
comarca de Curionópolis.
Na tarde de
ontem, A AMEPA, Associação dos Magistrados do estado do Pará, divulgou uma nota repudiando a ação criminosa
e dando total apoio a juiza Priscila Mousinho. Leia abaixo a nota na íntegra :
"A
Amepa, Associação dos Magistrados do Estado do Pará, entidade de classe que
representa a judicância estadual, por meio de seu presidente, vem prestar apoio
e solidariedade à associada PRISCILA MAMEDE MOUSINHO, Juíza de Direito,
REPUDIANDO o ato de violência perpetrado no fórum da Comarca na noite de 18 de junho último.
A cautela
exige aguardar o desfecho das investigações para conclusão do que, de fato, se deu
na comarca de Curionópolis.
De qualquer
sorte, seja qual for a intenção das pessoas que ingressaram na casa da Justiça,
símbolo do mais importante órgão de controle social, a AMEPA destaca que não se
curva à melindres, recados ou intimidações.
Infelizmente,
vivemos o tempo da inversão de valores, do achincalhe para a diminuição dos
poderes democráticos do Judiciário. Mas ninguém (repise-se NINGUÉM) há de se
sobrepor às autoridades judiciais para fazer a sociedade supor que voltamos ao
tempo de desmandos de déspotas e seus capangas.
Àqueles que
assim agirem e ousarem descumprir os comandos judiciais serão exemplarmente
punidos, de modo a garantir a todos os cidadãos a tranquilidade de viver no
meio social pacificado.
A altivez e
a coragem funcional da magistrada Priscila Mamede Mousinho não serão afetadas e
o apoio institucional à sua atividade judicante será incrementado.
O país vive
momentos de dificuldades que estão sendo vencidos graças a termos construído um
sólido estado democrático de direito, garantido pela independência e imparcialidade
da magistratura brasileira que não se intimida e não cede a pressões.
A Associação
dos Magistrados do Pará, desse modo, REPUDIA a ousadia da ação marginal e
registra que permanece atenta aos acontecimentos envolvendo qualquer tentativa
– ainda em tese – de ofensa às prerrogativas da magistratura e assim o fará
sempre que o interesse público o exigir".
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