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terça-feira, 3 de junho de 2014

PROFESSORES INICIAM GREVE DE FOME EM XINGUARA


Grevistas estão insatisfeitos com recomendação expedida por promotor de justiça

Depois de 50 dias de greve dos Trabalhadores em Educação Pública do Município de Xinguara, 12 servidores deflagraram Greve de fome, na manhã de ontem, em frente ao Prédio do Ministério Público Estadual (MPE) de Xinguara. De acordo com o Sintepp local, a medida extremada justifica-se pela interrupção das negociações com o Governo Municipal, que se deu na quinta-feira,29 de maio, por decisão do promotor de justiça Renato Beline. “Ainda que o Sintepp tenha insistido pela continuidade das negociações, o Promotor determinou a aplicação das medidas punitivas, imediatamente acatadas pelo Prefeito”. Disse um dos manifestantes dizendo que todas as decisões judiciais até o momento foram favoráveis aos trabalhadores grevistas.

“Acontece que Promotor Beline, ignorando as decisões judiciais, recomendou uma série de medidas ao Prefeito Osvaldinho, dentre as quais estão medidas de intimidação, perseguição e ameaças que vão contra o direito constitucional de greve. Dentre as medidas estão: a) corte de pontos e desconto de remuneração dos dias parados; b) instauração do processo administrativo por suposto abandono de emprego; c) substituição dos servidores grevistas, com contratação de servidores temporários”. Afirma uma nota pública divulgada ontem pelo Sintepp, ressaltando que a “postura do Promotor vai contra o interesse da sociedade, vez que a greve é um direito legalmente reconhecido, inclusive na Constituição Federal, e não cabe ao Promotor recomendar sobre causa que já se encontra sob a análise da Justiça, ferindo o papel republicano do MP”.

Na pauta de reivindicações da categoria estão perdas nas garantias de direitos adquiridos pelos trabalhadores, como o quinquênio referente ao período de 2002 a 2014; reajuste salarial; perdas ao longo da carreira que já acumulam mais 150% para os profissionais de apoio educacional; e perdas salariais dos secretários escolares e auxiliares administrativos, juntamente com a demanda de melhoria na qualidade da merenda escolar, nas condições de trabalho e realização de concurso pública para a zona rural.

“As entidades abaixo relacionadas chamam atenção das autoridades competentes, especialmente do Ministério Público do Trabalho para apurar irregularidades na contratação de servidores temporários. Pedimos também a imediata intervenção externa para mediar o presente conflito, considerando que as autoridades locais não foram capazes de dar solução ao problema, que ora fragiliza a credibilidade das instituições, bem como coloca em risco a integridade física dos grevistas”. Encerra a nota do Sintepp.

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