Município é o terceiro mais populoso do
estado, atrás somente da capital, Belém e de Ananindeua.
Um dos municípios
mais belos do Pará, Santarém, no Oeste do Estado, completa hoje 353 anos de história.
Santarém é o terceiro mais populoso do estado, atrás somente da capital, Belém
e de Ananindeua, e o principal centro urbano, financeiro, comercial e cultural
do oeste do estado. É sede da Região Metropolitana de Santarém, o segundo maior
aglomerado urbano do Pará. Pertence à mesorregião do Baixo Amazonas e a
microrregião de mesmo nome. Situa-se na confluência dos rios Tapajós e
Amazonas. Localizada a cerca de 800 km das metrópoles da Amazônia (Manaus e
Belém), ficou conhecida poeticamente como "Pérola do Tapajós".
Em 2012 sua
população foi estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) em 299 419 habitantes, sendo então o terceiro mais populoso município
paraense, o sétimo mais populoso da Região Norte e o 83º mais populoso
município do Brasil.5 Ocupa uma área de 22 887,080 km², sendo que 77 km² estão
em perímetro urbano.
Fundada em 22 de
julho de 1661, é uma das cidades mais antigas da região da Amazônia. Em 1758
foi elevada a categoria de vila e quase um século depois em consequência de seu
notável desenvolvimento foi elevada a categoria de cidade em 1948. Está
incluída no plano das cidades históricas do Brasil, sendo uma das mais antigas
e culturalmente significativas cidades do Pará.
Por causa das águas
cristalinas do Rio Tapajós, conta com mais de 100 quilômetros de praias que
mais se parecem com o mar. É o caso de Alter do Chão, conhecida como
"Caribe Brasileiro" e escolhida pelo jornal inglês The Guardian como
uma das praias mais bonitas do Brasil e a praia de água doce mais bonita do
mundo. Lá é o palco de uma das maiores manifestações folclóricas da região, o
Sairé, que atrai turistas do mundo todo.9 Segundo dados de 2010, ostenta um
Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 2 051 529 000,007, sendo o sétimo município
com maior PIB do estado.
NOME TEM ORIGEM NA COLONIZAÇÃO DE CIDADE PORTUGUESA
O nome
"Santarém" é uma homenagem dada pelos colonizadores lusos á cidade
portuguesa homônima, famosa por suas regiões vinícolas. O termo "Santarém"
originalmente remete a uma espécie de uva trincadeira de formato oval. Outra
tradição afirma que o nome Santarém deriva do nome de Santa Irene, mártir
cristã de Portugal Visigodo.
Dez anos após a
fundação de Belém, Pedro Teixeira junto a Frei Cristóvão, 26 soldados e
numerosos índios exploravam o Rio Amazonas, quando se depararam com a aldeia de
Tupuliçus na foz do Rio Tapajós e atracaram ali. A expedição foi bem sucedida,
pois os índios que ali viviam já haviam entrado em contato com os colonizadores,
principalmente espanhóis que passaram por ali gerando boas relações que
mantiveram em proveito da nova povoação, que dali surgiria.
Santarém foi fundada
então pelo Padre João Felipe Bettendorff em 22 de junho de 1661 sob o nome de
"Aldeia dos Tapajós". Logo ao chegar, o fundador construiu a primeira
capela de Nossa Senhora da Conceição.
Posteriormente,
Pedro Teixeira explorou o Rio Tapajós e então coube aos jesuítas a fundação de
uma aldeia com fins missionários, no lugar onde o padre Antônio Vieira esteve
no primeiro semestre de 1659. A partir do desenvolvimento dessa aldeia
originaram-se outras povoaçães como as de São José dos Matapus em 1922 (hoje
conhecida como Pinhel), Tupinambarana ou Santo Inácio em 1737 (hoje conhecida
como Boim) e Borari em 1738 (hoje conhecida como Alter-do-Chão).
Com o progresso das
missões, Francisco da Mota Falcão iniciou, a construção de uma fortaleza, a
qual foi terminada por seu filho, Manoel Mota Siqueira em 1697. Essa fortaleza
tinha a forma quadrada, com baluartes nos ângulos, foi o núcleo da vila que deu
origem a cidade de Santarém. Em 1762, estando em ruínas, a fortaleza foi
reconstruída, passando daí por diversos reparos, porém hoje nada mais existe. A
Aldeia dos Tapajós foi elevada à categoria de vila em 14 de março de 1758 pelo
governador da província do Grão Pará, Francisco Xavier de Mendonça Furtado,
recebendo então o nome de Santarém em homenagem a cidade portuguesa de mesmo
nome. Santarém foi elevada à categoria de cidade, em 24 de outubro de 1948 em
consequência de seu notável desenvolvimento.
CATÓLICISMO É PREDOMINANTE ENTRE OS MORADORES DE
SANTARÉM
Embora tenha sido
fundada como uma cidade católica e a maioria de seus habitantes seja católica,
Santarém possui uma variedade de religiões sem haver conflito religioso. É
possível encontrar atualmente na cidade várias denominações protestantes
diferentes, além da prática do judaísmo, espiritísmo e budismo. De acordo com
dados de 2000 do IBGE, a população de Santarém está composta por: católicos
(77,20 %); protestantes (17,29 %); pessoas sem religião (3,00 %); espíritas
(0,10 %); budistas (0,04 %); judeus (0,01 %).15
O transporte aéreo é
realizado através de voos diários por aeronaves de diferentes dimensões.
Aeronaves a jato de grande porte levam aproximadamente uma hora de viagem até
as cidades de Belém e Manaus, se estendendo, a partir das mesmas, para outras
regiões do país (nordeste, centro-oeste, sul, sudeste) e exterior.
Por via terrestre o
acesso até a Capital do Estado é possível através da BR-163 (Rodovia Federal
Santarém-Cuiabá), ligando Santarém ao município de Rurópolis, com 229 km de
estrada, cruzando a partir daí a BR-230 (Rodovia Transamazônica), percorrendo
90 km até o município de Placas, passando por diversos municípios (Uruará,
Medicilândia, Brasil Novo, Altamira, Belo Monte, Anapú, Pacajá, Novo
Repartimento) até chegar em Tucuruí via BR-422, em seguida percorre os
municípios de Breu Branco, Goianésia, Tailândia, Moju, Abaetetuba, Barcarena,
Ananindeua, para finalmente alcançar a BR-316, e a cidade de Belém, através de
linhas regulares de ônibus.
A modalidade
hidroviária é o mais importante meio de locomoção de passageiros e transporte
de cargas devido à existência dos vários rios que formam a rede hidrográfica
(Amazonas, Tapajós, Arapiuns, Curuá-Una, Moju e Mojuí) e desempenha importante
papel na economia local. Embarcações de médio porte fazem a navegação fluvial
para as cidades de Belém (Pará), Manaus e Macapá. As embarcações de grande
porte fazem a navegação de longo curso. De Santarém para a capital do Estado,
via fluvial, são 880 quilômetros de distância e para Manaus são 756
quilômetros.
O transporte fluvial
na cidade é muito comum e a infra-estrutura portuária é constituída por portos
de grande movimento. O Porto de Santarém é um porto fluvial de jurisdição
federal administrado pela Companhia Docas do Pará. Juntamente ao Porto de Belém
são os mais próximos dos Estados Unidos. Possui capacidade de receber navios de
grande porte, permite a atracação de navios de até 10 metros de calado no
período da estiagem e de até 16 metros de calado no período de cheia dos rios.
Tem uma extensão acostável no total de 520 metros e 380 metros no píer.16
O porto da Cargill é
um porto graneleiro de jurisdição privada localizada na área da Companhia Docas
do Pará. O terminal escoa soja para o exterior e tem capacidade para armazenar
60 mil toneladas de soja, o que corresponde a um navio que transporta 55 mil
toneladas de soja. Há também portos improvisados de jurisdição municipal, como
o porto localizado na Praça Tiradentes onde atracam embarcações de médio e
pequeno porte. Atualmente a prefeitura está construindo um novo terminal
hidroviário, o que quando inaugurado substituirá o porto improvisado da Praça
Tiradentes que encontra-se em condições precárias.
INDUSTRIAS DE BENEFICIAMENTO E AGROPECUÁRIA MOVIMENTAM
A ECONOMIA DE SANTARÉM
Atualmente a
economia de Santarém está assentada nos setores de comércio e serviços, no
ecoturismo, nas indústrias de beneficiamento (madeira, movelarias, olarias,
panificadoras, agroindústrias, beneficiamento de peixe etc.) e no setor
agropecuário, que segundo o IDESP, na sua pesquisa sobre o Produto Interno
Bruto dos municípios em 2008, destacou-se como maior produtor de arroz e soja
do estado do Pará e como terceiro maior produtor de mandioca do estado e o
quarto do Brasil.
O setor agropecuário
se destaca na economia de Santarém, e é representado pelas atividades
pesqueiras, pela pecuária de corte e leiteira, agricultura, pela avicultura,
extrativismo etc. No entanto, segundo o CEAMA, Santarém compra semanalmente 120
toneladas de alimentos de outros mercados produtores. Atualmente a agricultura
familiar é o seguimento responsável pelo abastecimento de parte considerável
dos produtos que chegam à mesa dos consumidores, considerando, por isso, de
grande relevância para Santarém.
As principais
culturas cultivadas pela agricultura familiar são, verduras e legumes, as
culturas do milho, mandioca, arroz, feijão, coco, banana, café, laranja, limão,
maracujá, melancia, fibra de curauá, pimenta do reino, tomate, tangerina,
urucu, polpas de frutas, produção de açaí e castanha do Pará. Destacam-se ainda
os produtos medicinais e aqueles voltados para a indústria de cosméticos,
cumarú, óleo de copaíba, andiroba, mel de abelhas, leite de Amapá, sucuba, jenipapo
etc.
O setor secundário é
representado pelas chamadas indústrias leves, de pequeno porte, que utilizam
processos semi-indústrias, limitando-se ao beneficiamento de alguns produtos
primários e extrativos, tais como processamento de madeira, moveleiras,
beneficiamento de látex, usinas de beneficiamento de arroz e de castanha, casas
de farinha, indústrias de beneficiamento de pescado, produção de alimentos
(panificadoras, torrefações, fábrica de refrigerantes), fábricas de gelo e
sabão, agroindústrias, pequenas unidades artesanais que trabalham com madeira,
barro, couro e fibra, marcenarias, indústrias de cerâmica (tijolo, telha etc.),
material impresso, vestuário e confecções. Em 2008 a participação do setor
industrial no Produto Interno Bruto de Santarém foi de 14%.