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domingo, 24 de agosto de 2014

QUATRO CRIANÇAS INDIAS MORRERAM COM SUSPEITAS DE GRIPE SUINA EM TUCURUÍ

Uma das crianças, com 4 meses de idade, faleceu à caminho do hospital e já está no Instituto Médico Legal (IML) da capital. Outras três crianças morreram recentemente naquele município.
 
Seis crianças da etnia Assurini com suspeita de H1N1 foram transferidas no último sábado, 23, do Hospital Regional de Tucuruí para o Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB), em Belém, que é referência em pneumologia e infectologia no Pará. Uma das crianças, com 4 meses de idade, faleceu à caminho do hospital e já está no Instituto Médico Legal (IML) da capital. Outras três crianças morreram recentemente naquele município. Além destes casos, 90 índios da mesma etnia estão com os sintomas da gripe. As informações são do G1 Pará, portal de notícias da Rede Liberal.

De acordo com os médicos que avaliaram as crianças, elas apresentam sintomas semelhantes à gripe. A direção do Hospital Regional de Tucuruí confirmou três mortes de crianças oriundas da aldeia Assurini, um de um mês de vida, um de 2 meses, e outro de 9 meses.  Elas foram internadas no hospital com sintomas parecidos, como insuficiência respiratória, febre alta e complicações nos órgãos.

Segundo informações do G1 Pará, as crianças foram levadas inicialmente para o Pronto Socorro Municipal da 14 de Março, que encaminhou para a Unidade de Diagnóstico de Meningite (UDM) do Hospital Barros Barreto. Este hospital confirma a chegada da ambulância ao local às 23 horas do último sábado, 23, "sem nenhum referenciamento ou encaminhamento". Em nota enviada à redação, a assessoria de comunicação do Barros Barreto explica que um médico pediatra que estava de plantão foi solicitado para fazer um atendimento básico e passar todas as informações que seriam possíveis naquele momento. O hospital esclarece que não atende em urgência e emergência.

Apesar da indisponibilidade de leitos, o hospital informa que conseguiu internar duas crianças no setor de pediatria, duas na Unidade de Diagnóstico em Meningite (UDM) e uma em um quarto de isolamento, utilizando leitos direcionados para outras especialidades. "Lembrando que, como as crianças estão com suspeita de H1N1, elas precisam ser isoladas", pontua a nota. "Ainda segundo informações do técnico que acompanhou as crianças na ambulância, outras três crianças estariam vindo hoje (ontem) ao HUJBB com a mesma suspeita. Quanto à isso, o Barros Barreto informa que já foi difícil conseguir leitos para estas crianças, logo, quanto mais casos forem encaminhados ao HUJBB, mais difícil será para gerenciar esta situação", completou o texto.

Conforme o G1 Pará, na aldeia, que fica a 22 quilômetros de Tucuruí, cerca de 90 indígenas estão com os sintomas da doença, até o momento desconhecida. A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) enviou uma equipe até a aldeia para coletar material para exame. Nas amostras coletadas, os médicos descartaram que fosse H1N1 ou coqueluche, mas o resultado definitivo do exame deve sair em 30 dias. Por ora, os índios estão evitando sair da aldeia em período de sol e ter contato com poeira.

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