As denúncias de exploração ilegal de madeira, feitas por índios da etnia Arara e por agentes da Funai, motivaram o Ibama de Altamira a realizar entre os dias 5 e 10 de abril a operação “Cara Pintada”, na terra indígena Cachoeira Seca, que fica entre os municípios de Uruará e Placas, no sudoeste paraense.
Durante a
operação, que contou com a participação da Funai e da Polícia Federal, foram
constatados vários pontos de extração ilegal de madeira. Segundo a chefe do
escritório do Ibama em Altamira, Tatiane Leite, na região do município de
Uruará, as áreas exploradas tinham indícios de retirada até o mês de dezembro,
quando começou o período chuvoso na região. Foi no município de Placas, que os
agentes do Ibama encontraram o problema maior. “No travessão 235, foi onde a
gente fez de fato os flagrantes e apreensões”, esclareceu Tatiane.
Os agentes
apreenderam três tratores, uma serra pica-pau, três armas, quatro motosserras,
além de 57 metros cúbicos de madeira. Os agentes também encontraram duas
serrarias que beneficiavam a madeira, sem licença, no meio da floresta. “Nesses
dois acampamentos, que eram de serrarias e que estavam funcionando, as pessoas
já tinham se dispersado. Elas estavam abandonadas. Por não termos equipamento
para levar embora as serrarias, nós tivemos que fazer a destruição, que é um
procedimento que a gente faz também quando encontra equipamentos assim dentro
de terras indígenas e abandonados”, concluiu a chefe do Ibama. A fiscalização
resultou em multas no valor de R$ 7,5 milhões e 700 hectares de área embargada.
Duas pessoas foram multadas e autuadas por crime ambiental. A área deverá ser fiscalizada novamente.
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