Chuvas deixam estradas destruídas e famílias desabrigadas
As chuvas que caíram durante esta semana em São Félix do Xingu, cidade que fica a 1.100km de Belém, deixou centenas de quilômetros de estradas destruídas e milhares de pessoas isoladas nos distritos de Teilandia, Sudoeste e Lindoeste entre outros. Equipes de trabalhadores e maquinários da prefeitura tentam recuperar os trechos inundados e destruídos pelas águas, dos rios Fresco Xingu e seus afluentes.
O nível das águas subiu rapidamente transbordando e destruindo pontes, pontilhões que não suportaram a força das águas. A principal via de acesso da sede do município aos distritos de Taboca, Nereu, Sudoeste e Lindoeste está totalmente intrafegável. Dezenas de pontes e manilhas foram destruídas pelas chuvas causando um prejuízo ainda não calculado pelas autoridades. Equipes da prefeitura e da empresa privada da balsa que realiza o transporte de pessoas e veículos da zona rural para a sede do município sobre os rios Fresco e Xingu, trabalham arduamente para construírem novos portos emergenciais para que a balsa possa transportar os veículos que estão na estrada, aguardando a balsa para serem levados até a cidade.
Três caminhões de combustível aguardam parados na cidade a construção do novo porto de travessia para que possam levar combustível para os distritos e vilas que ainda possuem estradas vicinais em condições de trafegarem. Diante da situação, o prefeito de São Félix do Xingu, João Cleber, decretou estado de emergência no município e já comunicou ao Corpo de Bombeiros e Defesa Civil do Estado para que ajudem no resgate das famílias e avaliem os prejuízos causados pelas chuvas.
O município de São Felix do Xingu possui, segundo o último censo realizado pelo IBGE, cerca de 106 mil habitantes e 84 mil quilômetros quadrados e cerca de 8 mil quilômetros de estradas vicinais que ligam a cidade a várias vilas e distritos do município. Segundo o prefeito João Cleber, cerca de 50% dos habitantes, moram na zona rural de São Felix do Xingu. Com a destruição do porto da balsa da Tancredo, as pessoas que estão ilhadas na estrada vicinal que fica do outro lado da cidade nas margens do rio fresco, estão pagando pela travessia cerca de R$ 25,00 reais, sendo que a travessia de um lado ao outro era de R$ 5,00 reais.
Diante da situação, o prefeito não descarta criar um novo porto, mas próximo do local da estrada onde as voadeiras estão embarcando as pessoas ilhadas para assim diminuir o preço da passagem. Dezenas de lanchas pequenas e barcos se deslocam diariamente até o ponto da estrada tomada pelas águas para transportar pessoas vindas da zona rural à sede do município.
Nos distritos de Sudoeste, Lindoeste e Taboca as saídas que haviam dessas localidades para outros municípios vizinhos estão intrafegáveis restando apenas o porto da Tancredo como saída. Os alimentos e combustível que ainda restam na zona rural começam a serem vendido a peso de ouro.
Desaparecidos - Dois trabalhadores rurais desapareceram durante o período de chuvas em São Félix do Xingu. Antônio Ariudes Arruda, 63 anos e o outro com o prenome de “Jabota” que catavam castanha nas proximidades da aldeia indígena Krimaiti Kayapó estão desaparecido há cerca de oito dias. Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Parauapebas, Policia Civil de São Félix do Xingu e agentes da Funai tentaram na manhã de dom
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