Entre Medicilândia a Rurópolis, os atoleiros e a lama dificultam a visibilidade do motorista, impedindo a continuação da viagem.
O
inverno amazônico tem causado transtornos para os motoristas que precisam
trafegar pela BR-230, mais conhecida como Rodovia Transamazônica. O
trechos entre os municípios de Pacajá até Medicilândia, na região oeste já
foram pavimentados, restam apenas a construção das pontes de concretos bem como
a finalização do asfalto em suas cabeceiras. Já de Medicilândia a Rurópolis, os
atoleiros e a lama dificultam a visibilidade do motorista, impedindo a
continuação da viagem.
Um
dos piores trechos se verifica 15 quilômetros depois do fim do asfalto, ainda
no município de Medicilândia, onde os condutores de veículos encontram dificuldades
para atravessar um grande atoleiro. O agricultor Ademir de Camargo, que
mora no km 107 da mesma região, desistiu de um compromisso que tinha na cidade
de Altamira, depois de observar a situação em que se encontrava a rodovia, em
pouco mais de 5 km de sua casa. “Do jeito que tá não tem como seguir viagem,
vou ficar em casa e aguardar o tempo melhor para ir até Altamira, resolver meus
problemas”, afirmou o agricultor, que vê a história dos atoleiros se repetir
todos os anos.
Quem
era obrigado a seguir viagem, como os condutores de veículos que fazem o
transporte alternativo de passageiros, tiveram que contar com ajudar de um
trator, que cobra em média de R$ 30 a R$ 50,00 reais para rebocar os veículos. Aberta
na década de 70, pelo governo Militar, a rodovia Transamazônica tornou-se a
terceira maior do país, com 4 mil quilômetros de extensão, percorrendo os
estados da Paraíba, Piauí, Maranhão, Pará e Amazonas.
A
Transamazônica corta o Brasil no sentido leste-oeste, por isso é considerada
uma rodovia transversal. Os extremos da rodovia são respectivamente
em Cabedelo (Paraíba) e Lábrea (Amazonas). Quatro décadas depois a rodovia
só tem 50% de sua extensão asfaltada.
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