Projeto vai atender os
agricultores que querem diversificar a produção e garantir uma renda familiar
extra
Produtores
do baixo Xingu estão sendo beneficiados com um projeto de piscicultura,
implantado pela Prefeitura de Vitória do Xingu, no oeste do Estado. O projeto é
para atender os agricultores que querem diversificar a produção, e garantir uma
renda familiar extra. De acordo com Erivando Amaral (PSB), prefeito do
município, o objetivo é criar outras fontes de renda para os pequenos produtores
rurais de Vitória do Xingu. Ele ressalta que a iniciativa também visa
incentivar o aumento da produção de peixes para o consumo familiar e a venda na
feira livre do município, aproveitando o potencial hídrico da região
Transamazônica.
Os
produtores que não tem experiência com criação de peixes recebem, antes mesmo
de ter o tanque instalado nas propriedades, todo o suporte técnico necessário.
“Quando uma família é escolhida, nós explicamos pra eles todo o custo e mão de
obra necessários, pois muitos acham que criar peixe é jogá-los dentro de um
buraco e colocar comida”, explica o engenheiro de pesca, Wylians Assunção. “Por isso que também fazemos todo o trabalho
de capacitação destes potenciais produtores para desenvolver o cultivo
sustentável, incluindo que tipo e quantidade de ração e o quanto de proteína
esta ração deve ter para obter uma produção grande e de qualidade”.
Até mesmo
fornecedores de ração com menor preço e melhor característica estão sendo
pesquisados para que os produtores possam comprar sem erros. “Cada viveiro tem
mil metros quadrados. Fazendo uma estimativa de um peixe por metro quadrado, o
que é o recomendado, cada produtor tem a capacidade de produzir até mil peixes
de uma só vez”, conclui Assunção.
O projeto
prevê atender ao todo 40 famílias, dessas 31 já foram beneficiadas e já estão
inclusive reproduzindo várias espécies, entre elas, destacam-se o tambaqui, o
pirarucu, o tambacu, a tambatinga e o curimatã. Estas espécies foram escolhidas
pela alta demanda e por se tratar de espécies nativas, evitando qualquer
desequilíbrio ambiental que possa surgir ao introduzir peixes de fora da
região. “A prefeitura arca com todos os custos desta instalação. Não
existe custo fixo de cada instalação, variando de acordo com as condições do
terreno e a distância de cada propriedade e a única contrapartida exigida da
Prefeitura é a produção dos peixes pelos agricultores”, explica o secretário de
Agricultura do município, José Pereira.
Além dos
viveiros, a prefeitura também cede a cada produtor, mil alevinos e os dois
primeiros meses de ração. “A partir daí, a produção é por conta de cada um, mas
sempre com o apoio e o monitoramento técnico contínuo da secretaria de
Agricultora, durante os 12 meses totais de duração de uma produção”, destaca
Pereira. A meta para o futuro é introduzir no projeto, tanques tipo de rede
para o cultivo de peixe. Este outro tipo de criação é mais barato de se
introduzir, pois ele consiste em colocar “gaiolas” dentro dos rios, para a
produção de peixes em águas correntes, sem a necessidade de instalação de
tanques.
O projeto
também traz um benefício ambiental, pois a criação de peixes é uma atividade
que pode ser feita em áreas que já estão degradadas, sem precisar desmatar,
além de diminuir a pressão dos estoques naturais dos rios, permitindo que os
cardumes consigam se renovar.
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