O prefeito de Marabá, João Salame,
depôs esta semana
na Polícia Federal em Belém, no inquérito que
apura a suposta venda de sentenças por juízes do Tribunal Regional Eleitoral do
Pará (TRE/PA).
Segundo o advogado Inocêncio
Mártires, o prefeito reafirmou que o interlocutor do áudio que originou as
investigações é mesmo o ex-deputado estadual e ex-prefeito de Marituba, Antonio
Armando.
Na gravação, Armando diz intermediar
a venda de votos favoráveis a Salame, por magistrados do TRE.
Também relata supostos casos de venda
de sentenças naquele tribunal.
Ao todo, quatro magistrados e um
advogado são citados na gravação.
“O Salame confirmou tudo o que já foi
divulgado pela imprensa” – disse Inocêncio.
Ainda segundo ele, o depoimento, que
durou cerca de uma hora, foi o primeiro do inquérito.
Inocêncio, porém, não quis antecipar
se Salame pedirá ou não uma perícia de voz, já que o advogado de Antonio
Armando negou à imprensa que a voz naquele áudio seja de seu cliente.
Enigmático, limitou-se a dizer que
“tem muita para acontecer e talvez essa perícia seja desnecessária,
considerando outras evidências. Mas a Polícia Federal e o CNJ (Conselho
Nacional de Justiça) pediram que nada fosse divulgado”.
Nem Inocêncio nem Salame quiseram dar
detalhes do depoimento prestado ao CNJ.
Informaram, apenas, que Salame foi
ouvido pelo conselheiro Gilberto Valente e pelo corregedor e que entregou a
gravação da conversa com Antonio Armando.
O prefeito de Marabá, porém, voltou a
prometer “novos fatos” acerca da cassação de seu mandato.
Na quinta-feira,14, o ministro Henrique Neves, do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar para a permanência de Salame
no cargo de prefeito de Marabá, até o julgamento do mérito do processo que
levou à cassação de seu mandato pelo TRE.
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