Do Blog A Perereca da vizinha
É um “causo” sensacional, caro
leitor.
No último dia 5, o Tribunal Regional
Eleitoral do Pará cassou o mandato do prefeito de Marabá, João Salame, que
teria distribuído combustível em troca de votos
Não se pode dizer que foi uma decisão
surpreendente: há semanas, muitos davam como certa a cassação do prefeito
de Marabá.
E o problema, diziam blogs e jornais,
seria bem mais político do que legal: a raiva nutrida por inimigos poderosos,
entre os quais o governador Simão Jatene.
Daí que bem mais surpreendente
(Inesperado! Extraordinário!) foi o day after da cassação: a revelação de que
Salame (que é jornalista) gravou um áudio que comprovaria a venda de sentenças
por juízes do TRE.
É claro que é preciso investigar e
pressupor a inocência dos acusados.
Mas o áudio é um pitéu raríssimo,
nestas e noutras plagas...
Até porque vai ao encontro do que há
muito se comenta nos meios políticos, jornalísticos e empresariais: a possível
existência de uma indústria de sentenças nos tribunais do Pará.
Suborno de R$ 800 mil foi “barato”
Veja-se o caso de Duciomar Costa, o
prefeito mais processado por improbidade administrativa da história de Belém Foram
pelo menos 42 processos, 13 deles por improbidade, nas justiças federal e
estadual – e isso sem falar nas rumorosas ações a que ele respondeu no TRE,
acusado do mais deslavado uso da máquina, para se reeleger.
No entanto, Duciomar permaneceu no
cargo até o último dia de seus dois mandatos.
E o áudio gravado por Salame, se
confirmada a denúncia, finalmente ajudará a entender o porquê: Duciomar teria
subornado pelo menos dois juízes paraenses.
Valor da suposta propina: R$ 800 mil,
em valores da época.
Na gravação, há dois interlocutores.
O primeiro é o próprio Salame.
O segundo seria Antonio Armando,
ex-deputado estadual e ex-prefeito de Marituba.
Armando seria o intermediário na venda
de uma sentença favorável ao prefeito de Marabá.
A juíza disposta a vender o voto
seria a própria relatora do processo, Ezilda Pastana Mutran.
Mas, na conversa, Armando diz que
Ezilda tem condições de garantir pelo menos mais dois votos favoráveis ao
prefeito.
Um deles seria o da juíza que ele
chama apenas de “Eva” – e a única magistrada com esse nome no TRE é Eva do
Amaral Coelho.
Mas além desses três votos, Armando
diz que seria possível conseguir mais um, caso Salame se dispusesse a “ir pra
cima” do juiz federal.
De acordo com o site do TRE, há dois
juízes federais naquele tribunal: Ruy Dias de Souza Filho e Antonio Carlos
Almeida Campelo.
No entanto, Antonio Armando não
revela a qual deles está a se referir.
Mais adiante, porém, ao contar como
teria intermediado a compra de uma sentença favorável a Duciomar, ele diz que
teria sido o juiz federal de nome Rui a receber uma propina de R$ 500 mil.
Já Ezilda Mutran teria recebido R$
300 mil.
E o suborno teria ficado até barato,
já que se tratava de um prefeito da capital.
Até o corregedor do TRE?
Há mais, porém.
Ao falar sobre a decisão judicial
(uma liminar) que o impediu de assumir a Prefeitura de Marituba, após as
eleições de 2012, Antonio Armando inclui mais um juiz, de nome “Holanda”, entre
os magistrados que recebem propina.
E no site do TRE só há um juiz com esse nome: é o
desembargador Raimundo Holanda Reis, vice-presidente e corregedor daquele
tribunal.
Propina pela metade
O caso desse “Holanda”, aliás, chega
a ser risível: o combinado pela sentença (que teria sido comprada por Mário
Filho, o candidato mais votado para a Prefeitura de Marituba) teria sido de R$
150 mil.
No entanto – veja só como são as
criaturas, caro leitor – Mário teria dado o cano em “Holanda”, pagando-lhe
apenas R$ 80 mil...
Outra pessoa citada na conversa (e de
forma insistente) é um certo “Sábato” – mesmíssimo nome do advogado Sábato
Rossetti, que atuou na defesa de Duciomar e que é um dos mais conhecidos
advogados eleitorais do Pará.
O Sábato da conversa teria sido o
sujeito a pagar os R$ 500 mil de propina ao juiz federal de nome Rui.
E o Sábato da conversa teria ficado
tão feliz, mas tão feliz com absolvição de Duciomar que chegou até a sapecar um
beijo em Antonio Armando.
Tudo porque o ex-prefeito de Marituba
teria conseguido o que parecia impossível: fazer com que Ezilda Mutran mudasse
o voto desfavorável a Duciomar - um voto que já havia até antecipado, aliás.
“Foi inspiração divina”, ironiza
Armando, ao contar que Ezilda teria mudado o voto porque recebera o pagamento
dois dias antes.
Assessor do Governador
Na gravação, Antonio Armando se gaba
de já ter intermediado a compra de várias sentenças e de ter sido o sujeito que
resolveu todas as pendências judiciais de Duciomar.
E diz, ainda, que goza de tanto
prestígio junto a Ezilda Mutran (aliás, a relatora do processo de cassação de
Salame) porque arranjou emprego para o "marido" dela, na Assessoria do
governador.
E o "maridão", embora pago
pelo Executivo, só trabalharia mesmo é para a magistrada, inclusive como
"ponte" para transações comerciais.
Ontem, o Ministério Público Federal
informou que requisitou a abertura de inquérito pela Polícia Federal, para
investigar o caso.
A gravação foi entregue por Salame ao
advogado dele, Inocêncio Mártires, que a entregou ao presidente do TRE,
Leonardo Noronha Tavares.
No dia 31 de outubro, o desembargador
informou o MPF e a Advocacia Geral da União (AGU).
Ontem, Salame divulgou nota de esclarecimento na
qual diz que gravou o áudio para se proteger e que não aceitou pagar a propina
que lhe era exigida para evitar a cassação.
eita evandro e aqui é do mesmo jeito quanto ñ saiu do nosso bolso pra dar pra esses juizes. Vamos justiça agora ta facil de pegar o chefe. Bota quente nestes ladrões de juizes pra eles entregar todos.
ResponderExcluirTem muita podridão exposta aí....EU SOU UM, NO MEIO DE MUITOS QUE QUER UMA SOLUÇÃO PRA TUDO ISSO!!!
ResponderExcluirA começar, por esse advogado SÁBATO ROSSETI que todo mundo em Belém sabe o tipo de traste e mau caráter que é!!!
A OAB sabe que ele é um canalha e não faz NADA!!!
Quanto ao ANTÔNIO ARMANDO, vou achar muito interessante isso tudo, pois, todo mundo sabe que ele é um bandido e que já deveria estar na CADEIA de tanto que já roubou em Marituba, quando prefeito!!
Dra EZILDA MUTRAN, foi juíza em Marabá nos anos 80 e por lá, envolveu-se em muita confusão, inclusive até hoje se sabe que a mesma guarda "relíquias" do que fez por lá!!
O caso do Duciomar, é bem verdade que o salafrário ficou os 8 anos e sempre corrompeu as pessoas em nome da ganância pelo poder. Foi o prefeito mais CORRUPTO em 8 anos de governo.
Muitos sabem que a justiça em Belém NÃO VALE MUITO a pena, pois, só quem paga ve um processo andar rápido!!
Assim, conclamo a população a fazer um protesto em frente ao TJ, TRE e fórum da capital: FORA TORGADOS LADRÕES DE MERDA!!!! Mentirosos e safados, enganadores da sociedade...Não querem saber de distribuir justiça e enganam as pessoas de bem dessa cidade.
Fora políticos CORRUPTOS!!!