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terça-feira, 7 de outubro de 2014
TRIBUNAL DE JUSTIÇA REVOGA PRISÃO DO PREFEITO DE IGARAPÉ MIRI
O Tribunal de Justiça do Pará revogou a prisão temporária do prefeito de Igarapé-Miri, Ailson Santa Maria do Amaral, conhecido como “Pé de Boto”. A decisão é do desembargador Romulo Nunes. O magistrado entendeu que após a denúncia do Ministério Público do Pará, que ligava o prefeito a um grupo de extermínio com atuação na cidade do nordeste paraense, não havia mais necessidade de prisão temporária. Ailson Amaral vai responder o processo em liberdade. As informações foram divulgadas ontem pelo portal ORM News.
“Pé de Boto” estava preso desde o último dia 16 de setembro, quando o MPE e a Polícia Civil deslancharam a operação Falso Patuá, que investigou a ligação dele com 13 homicídios registrados na cidade desde o início de 2013, quando Amaral assumiu a prefeitura. O advogado de Pé de Boto, Osvaldo Serrão, informou que o prefeito deve reassumir o cargo porque na decisão do desembargador não há menção sobre afastamento do cargo.
O promotor de justiça Nelson Medrado, responsável pela investigação, disse que o MPE vai requerer novo pedido de prisão de Pé de Boto perante a justiça estadual. “Para o Ministério Público este senhor é um criminoso perigoso que deveria estar preso. Vamos insistir no pedido de prisão ao novo desembargador relator do caso”, afirmou. Sobre a volta de Pé de Boto ao cargo, Medrado disse que o “Ministério Público está convicto que ele à frente da prefeitura vai colocar em risco a vida de testemunhas e atrapalhar o andamento do processo”.
Caso - Além do prefeito foram presos também o secretário municipal de Obras, Ruzol Gonçalves, os dois filhos dele, Renato e Rafael Gonçalves, dois seguranças particulares do prefeito e quatro policiais militares. As investigações do MP revelaram a cobrança de valores entre R$ 2 mil e R$ 5 mil para execuções.
O grupo de extermínio foi formado no início da administração de Amaral, quando ele prometeu “acabar com a bandidagem”, segundo o MPE. Ainda segundo as investigações, o secretário de obras, Ruzol Gonçalves, seria o intermediário entre o prefeito e o grupo de extermínio.
Ao grupo são atribuídos 13 homicídios ocorridos na cidade, mas o Ministério Público acredita que haja muito mais.
O MP também acusa o prefeito de ter deixado de pagar mais de R$ 800 mil à empresa que fornecia medicamentos e equipamentos médicos ao órgão público. O MPE apurou que a gasolina usada nos veículos da prefeitura era adquirida sem licitação no posto de propriedade do prefeito. Segundo a polícia, três dos quatro policiais militares presos são acusados de forjar um flagrante de tráfico de drogas a mando de “Pé de Boto”.
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