A promotora de Justiça, Maria da Penha Mattos
Buchacra representou o Ministério Público do Pará (MPPA) na segunda (20) em
Audiência Pública promovida pela Câmara Municipal de Belém(CMB), com o objetivo
de debater uma série de documentos que formalizam denúncias de servidores da
Guarda Municipal de Belém (Gbel) contra a conduta do Coronel Carlos Augusto
Souza Machado, inspetor geral da instituição. A promotora Maria da Penha é
titular da Promotoria de Justiça dos Direitos Constitucionais Fundamentais,
Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa. A audiência pública
sobre assédio moral foi requerida pela vereadora Marinor Brito.
Entenda o Caso:
O coronel Carlos Machado inspetor geral da Gbel é acusado de assédio moral pelos servidores, o que culminou em dois boletins de ocorrência policial neste ano. Desde 2013 tramitam dois processos judiciais, sendo um por violência doméstica e outro na justiça militar, no qual é acusado por lesão leve, peculato e prevaricação.
O coronel Carlos Machado inspetor geral da Gbel é acusado de assédio moral pelos servidores, o que culminou em dois boletins de ocorrência policial neste ano. Desde 2013 tramitam dois processos judiciais, sendo um por violência doméstica e outro na justiça militar, no qual é acusado por lesão leve, peculato e prevaricação.
A guarda municipal Elizabete Mesquita, de 43
anos, atuava há cinco meses no Grupamento Ação Tática com cães (ATAC) quando,
segundo ela, teria sido obrigada pelo coronel a fazer outros serviços que não
eram de sua competência. “Naquele momento acatei. Carreguei muito aterro, muito
tijolo e sei que não é minha função. Em seguida ele me ameaçou dizendo que eu
iria me arrepender por ter questionado a fazer o trabalho sem luvas. Ele disse
assim: ‘você já colocou sua mão em lugares piores e sua mão nunca caiu’. É
humilhante passar por uma situação dessas. Tenho medo de andar na rua, de ir
para o trabalho, fardada e voltar da mesma forma. Sou guarda municipal e amo a
minha profissão. Fico triste pelo que somos obrigados a fazer.”
A promotora de Direitos Constitucionais do MPPA,
Maria da Penha afirmou, durante a audiência que as responsabilidades serão
apuradas. “Foram citados vários casos em que deverão ser apuradas as
responsabilidades tanto na esfera cível quanto na esfera criminal. Essas
denúncias todas devem ser dirigidas ao procurador geral do Ministério Público,
porque dentro das jurisdições deverão atuar diversas promotorias. Uma conduta
bem complexa que tem várias implicações, todas essas questões serão
apreciadas”.
Ainda segundo Maria da Penha há “situações
individuais podem ser demandadas judicialmente, através de advogados, na esfera
cível para efeitos de indenização por danos morais. Também podem ensejar
responsabilidade criminal. A chamada responsabilidade objetiva do Estado, onde o
ente é responsabilizado, mas cabe direito regressivo a ser cobrado do
agente”.
Texto editado pela Assessoria de Imprensa do
MPPA
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