SECRETÁRIO DE SAÚDE DE MARABÁ É PRESO

O Juiz Cesar Lins determinou a prisão do Secretário porque determinações judiciais não foram cumpridas.

O juiz César Dias França Lins deu voz de prisão na manhã de ontem para o secretário de saúde de Marabá Nilson da Costa Piedade, por descumprimento a determinações da justiça. A situação ocorreu por volta de 9 horas da manhã, quando o magistrado, acompanhado de representantes do Conselho Municipal de Saúde e da Procuradoria Geral do Município, realizava inspeção no Hospital Municipal de Marabá. De acordo com o magistrado, foram detectadas várias situações de natureza grave dentro do prédio do hospital e que já haviam sido detectadas pela justiça, entre elas falta de remédios e de materiais básicos.

Depois de receber voz de prisão, o secretário Nilson Piedade foi conduzido por policiais militares para a delegacia seccional de Marabá, onde foi ouvido em depoimento e liberado em seguida. Contra o secretário foi instaurado um Termo Circunstanciado de Ocorrência, TCO, sendo que o mesmo será presidido pela delegada Simone Felinto.  No ano passado, o Ministério Público do Estado (MPE), por meio da promotora de justiça Ana Maria Magalhães de Carvalho, junto com membros do Conselho Municipal de Saúde, realizou uma inspeção no Hospital Municipal de Marabá e em centros de saúde da cidade, com o objetivo de constatar as reclamações de usuários em relação à falta de cirurgia eletiva e de materiais de urgência e emergência, assim como, a ausência de materiais, vacinas, remédios e atendimento odontológico nos centros de saúde.

Á Época a promotora considerou todas as reclamações procedentes, concluindo que pelo período de oito meses o HMM não realizou cirurgias eletivas por falta de material, os exames médicos deixaram de serem realizados, por falta de componentes das máquinas, os atendimentos de urgência e emergência ficaram paralisados por falta de luvas, de gesso, de seringa, revelando denúncias de que muitos médicos que recebiam para trabalhar durante quatro horas nos postos de saúde só atendiam durante duas horas. Dias depois, o MPE ingressou com uma Ação pedindo o afastamento do secretário municipal de saúde "Pela gestão caótica que tem levado a população de Marabá a imenso sofrimento pela falta de atendimento médico-odontológico".