Os recursos fortalecerão sobretudo lavouras cacaueiras, pecuária, pesca artesanal e mandiocultura.
A meta de R$ 12 milhões indicada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para liberação de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) em Altamira, neste ano agrícola deve ser ultrapassada em pelo menos 20%, aproximando-se dos R$ 15 milhões. É o que prevêem as entidades governamentais envolvidas no processo, como a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater). Os recursos fortalecerão sobretudo lavouras cacaueiras, pecuária, pesca artesanal e mandiocultura.
Os dados foram sugeridos nesta quinta-feira, 25, em uma reunião territorial em Altamira promovida pela Emater com o objetivo de reapresentar os detalhes do Plano Safra 2012/2013, que dispõe mais de R$ 600 milhões para o Pará, aos extensionistas de nove municípios da Transamazônica, prefeituras, Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra), Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetagri), Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf) e demais parceiros. “Neste quarto mês de aplicação do Plano Safra 2012/2013 - que foi nacionalmente lançado em junho, como é de praxe -, já elaboramos projetos que alcançam cerca de 50% dos valores da meta”, aponta o técnico em agropecuária Ademar Rodrigues, chefe do escritório local da Emater.
Juntos, agentes públicos e movimentos sociais discutiram alternativas para facilitar e melhorar o acesso a crédito por parte do pequeno produtor da região da Transamazônica. As principais sugestões foram mais clareza no diálogo entre as instituições e entre essas e os agricultores, o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (CMDR) e a criação, onde não houver; e a contemplação de mais famílias, em geral com menos poder aquisitivo, para as quais existem linhas de financiamento específicas. “Todo o capital que o Plano Safra encaminha para o nosso Estado é devidamente repassado aos agricultores familiares. O problema não é dinheiro, é o caminho desse dinheiro faz até a propriedade familiar, que ainda enfrenta certas dificuldades, a maior parte ligada a altos índices de inadimplência, à desinformação do agricultor quanto às exigências dos bancos e a um relacionamento entre Emater e parceiros que pode se tornar mais eficiente”, diz o coordenador técnico da Emater, o engenheiro agrônomo Paulo Lobato. As próximas reuniões territoriais promovidas pela Emater estão previstas para terça-feira, 30, em dois municípios do sudeste paraense: Tucuruí e Redenção. Todos os outros territórios sediarão encontros semelhantes até o meio de novembro.
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