Há vários
anos a população do município sofre com o problema da falta de água.
A nova Estação de Tratamento de Água de Parauapebas
entrou em funcionamento na sexta-feira, 12 e visa neutralizar o grave problema
da falta de água no município. A obra, que já está concluída, encontra-se em
fase de pré-operação, ou seja, fase em que a distribuição de água é assistida
para identificar os ajustes necessários. A ETA II conta com uma tecnologia
inovadora de tratamento de dupla filtragem, 28 filtros, tanques com capacidade
de armazenamento de mais de um milhão de litros d'água, casa de química e
captação. A mesma terá vazão de 864 m³ por hora, com capacidade para atender a
mais de 100.000 (cem mil) habitantes. "Para nós é uma felicidade muito
grande resolver o problema da falta de água em Parauapebas. Mas é importante
lembrar que a população tem que fazer sua parte, usando a água de forma
correta, sem desperdício", declarou o Prefeito, Darci Lermen.
A nova estação será interligada à ETA I, sendo 60 %
de sua vazão direcionada para o reservatório de apoio do Betânia, que atende o
complexo Altamira. A vazão correspondente aos outros 40 % será direcionada ao
reservatório que atende os bairros Liberdade I e II. Com a inauguração da ETA
II, a cidade contará com três setores hidráulicos: Bela Vista, Betânia e
Liberdade II, melhorando assim a distribuição e acabando com os intervalos no
fornecimento de água. Nos últimos três anos, os sucessivos problemas ocorridos
localizados na adutora
principal, localizada na Rua Cristo Rei, esquina com Santa Helena, no Bairro
Rio Verde, tem causado transtornos aos cerca de 80 mil moradores da área. A
adutora, que é de fibra de vidro e tem mais de 10 anos de uso, já apresentou
problemas seguidas vezes, passando por inúmeros reparos, sendo que sempre volta
a enguiçar. Só este ano, a adutora já se rompeu por três vezes, no mesmo local,
prejudicando o serviço de fornecimento de água em Parauapebas.
Em junho do ano passado, o rompimento da mesma
adutora interrompeu o fornecimento de água por mais de 12 horas em oito bairros
do município, cinco deles entre os mais populosos da cidade - Altamira, Novo
Horizonte, Betânia, Vila Rica, Casas Populares I e II - e outros três menos
habitados, como Chácaras do Sol, da Estrela e Lua. Aproximadamente 10 mil
pessoas sofreram com a falta de água. À época, a adutora que abastece esses
bairros se rompeu após a tubulação não ter suportado a força da água. Em
Parauapebas há racionamento de água potável, porque a central de abastecimento
não suporta o crescimento populacional, um dos maiores de todo o Brasil.
O problema da falta de água,
que afeta boa parte da população, principalmente as famílias que residem nos
bairros mais altos da cidade tem se agravado muito nos últimos dois anos. Segundo o Saaep, atualmente o município
distribui diariamente, 28 milhões de litros de água, sendo que o consumo diário
da cidade ultrapassa 250 litros de água por pessoa, sendo o dobro do que
preconiza a Organização Mundial de Saúde. Ainda de acordo com a companhia
municipal de água, o município não consegue abastecer as residências em virtude
da existência de diversos “gatos” uma vez que nos locais onde a rede não foi
implantada pelo Saaep, a água chega de forma precária.
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