Categoria exige reajuste de 14,37%. Município oferece 11,27%.
Professores
da rede pública municipal de ensino entraram em greve ontem em Parauapebas, no
sudeste paraense. Os grevistas, que ocuparam o prédio da prefeitura, alegam que
a valorização salarial e melhores condições de trabalho é condição necessária
para o bom funcionamento das escolas. “Entretanto,
no município de Parauapebas esse princípio constitucional não vem sendo
respeitado pelo governo, apesar de contar com uma renda anual de R$ 1,4 bilhão”.
Diz a nota da categoria divulgada ontem.
A categoria
não aceita o reajuste oferecido pelo governo (11,27%) e nem o seu parcelamento.
Os professores exigem um aumento de 14,37%. Dentre as
reivindicações da categoria destacam-se : Pagamento de 1/3 de férias,
correspondente a 33% de hora atividade; Suspensão do desconto semanal
remunerado; Convocação de novos professores concursados; Pagamento de 15% de
gratificação para os professores do campo que atuam em escola de difícil
acesso; Pagamento de 15% de gratificação para professores habilitados que
trabalham com crianças portadoras de necessidades especiais; Implementação do
processo de eleição direta para escolha dos dirigentes escolares e auxílio
alimentação pago com recurso próprio da prefeitura e não do FUNDEB.
Prefeitura diz que escolas estão
funcionando normalmente
Em nota
enviada a reportagem de O Liberal a Prefeitura de Parauapebas informou que as escolas da rede pública de
ensino estão funcionando normalmente, uma vez que parte dos professores não
aderiu à greve.
“Vale
lembrar que existe uma carga horária e um número mínimo de dias letivos
previstos na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação, que precisam ser
garantidos. Caso haja suspensão de aulas em alguma unidade de ensino por conta
de eventual paralisação, deverá haver, incondicionalmente, reposição da carga
horária parada por meio de adequação do calendário escolar” . Diz a nota ressaltando que, com relação às
reivindicações do Sintepp sobre o reajuste salarial, o aumento proposto pelo
executivo, na ordem de 11,27% sobre a remuneração básica e a elevação do
vale-alimentação de R$ 400 para R$ 445, é a alternativa financeiramente viável
diante das possibilidades econômicas do município.
“No que
tange ao aumento salarial propriamente dito, vale ressaltar que, entre 2013 e
2015, os vencimentos de todos os cargos do quadro da Prefeitura de Parauapebas,
inclusive professores, tiveram ganhos superiores à inflação do período que foi
de 18,35%. Já o ganho real nos salários nesse período foi de 11,65%”. Encerra a
nota frisando que apesar do piso dos educadores no Brasil ser de R$ R$ 2.135,64, para carga horária de
40 horas, em Parauapebas , um educador lotado com 200 horas recebe inicialmente
R$ 3.389,20 mais R$ 847,43 referentes a 50 horas-atividades, além do
vale-alimentação, atualmente no valor de R$ 400, totalizando um salário de R$
4.637,15. Com o aumento proposto pela Prefeitura, a remuneração dos educadores
com 200 horas e 50 horas-atividades passará a R$ 4.714,52, sendo acrescido a
esse valor o vale-alimentação de R$ 445, totalizando R$ 5.159,52.
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